12 de Dezembro de 2008 às 11:19
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A nova rodada de negociação entre os bancários e o Santander, ocorrida nesta quarta-feira, acabou em impasse a respeito do valor mínimo do Programa de Participação nos Resultados (PPR). O banco se negou melhorar a proposta de elevar o valor para R$ 660, já apresentada anteriormente pela empresa.
“Há necessidade de avançarmos no valor da PPR, uma vez que o Santander tem isenções tributárias em função de assinar este acordo. Portanto, não há motivos para o banco manter-se intransigente”, avalia Paulo Stekel, diretor da Contraf/CUT e funcionário do banco.
Durante a negociação desta quarta, os bancários voltaram a cobrar uma mairo valorização para os bancários, que ajudaram a aumentar os lucros da empresa. “O banco tem todas as condições de pagar mais pelo benefício, mas disse que este é o limite que pode pagar. As negociações estão travadas e só conseguiremos ampliar este valor com muita pressão. Os bancários sabem muito bem que nenhuma conquista da categoria veio de graça. Se o funcionalismo não se mantiver mobilizado e pronto para lutar não vamos conseguir sair deste patamar”, afirma Rita Berlofa, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander.
Outra reivindicação dos bancários que ficou sem resposta foi a extensão das cláusulas sociais do acordo aditivo do Santander para os funcionários do Real. O banco alegou que ainda está estudando os impactos da reivindicação. Para o Sindicato, não há motivos para o banco não cumprir essa solicitação, já que se trata de temas sociais.
Fusão - Na próxima segunda-feira, dia 15, as Comissões de Organização dos Empregados (COEs) de Santander e Real da Contraf/CUT se reunirão com os dois bancos para nova rodada de negociação sobre o processo de fusão e a manutenção dos empregos. Para reforçar a pressão sobre a empresa, os funcionários dos dois bancos em toda América Latina realizam um protesto conjunto nesta sexta-feira, dia 12, dentro da Semana Internacional de Lutas, organizada pela UNI (Union Network International, sindicato global do qual a Contraf/CUT é filiada). No mesmo dia, os bancários entregam um documento para a diretoria do Santander em que reivindica a manutenção dos empregos e a assinatura de um acordo marco com a direção mundial do grupo.
Contraf/CUT, com Fábio Jammal Makhoul, do Seeb/SP