26 de Setembro de 2008 às 12:38

Santander responde na Justiça por recusa de atestado

Sindicato move ação civil pública para garantir direito dos trabalhadores

São Paulo – O desrespeito do Santander aos atestados médicos apresentados pelos trabalhadores passou dos limites. As irregularidades infernizam a vida das pessoas que necessitam de afastamento médico. Para acabar com isso, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região ingressou com ação civil pública na Justiça.
 
Uma das vítimas dessa situação é a bancária Marly Therezinha. Se não bastasse passar pelo sofrimento de adoecer em conseqüência das péssimas condições de trabalho, a funcionária teve retenção integral do salário entre os meses de abril e junho, o que é irregular. Vale ressaltar que mesmo que o banco tenha adiantado os vencimentos durante o afastamento do trabalho, o desconto não pode prejudicar a funcionária, como ocorreu com Marly.
 
Nos meses seguintes, como o Santander não reconheceu os atestados apresentados, a bancária viu o seu salário reduzido por faltas não justificadas. Além disso, o banco não agendou perícia no INSS, não forneceu a declaração do último dia de trabalho (DUT), não emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e ainda pressionou a funcionária para retornar à função.
 
A bancária relata que as condições de trabalho agravaram a LER/Dort e a empurraram para uma nova licença já que sente dores até para pentear o cabelo.
 
Porém, segundo a avaliação do médico contratado pelo Santander, a funcionária está apta a trabalhar. “Tenho 20 anos de empresa, adoeci no trabalho e quero ser tratada com respeito. Não mereço passar por todo esse constrangimento”, desabafa Marly. “Será que se fosse um exame demissional eu seria considerada apta?”
 
De acordo com a funcionária do Santander e diretora do Sindicato Vera Marchioni,
essas práticas implementadas neste ano pelo RH violam a dignidade dos trabalhadores e o direito fundamental à saúde. “Por isso, o Santander está sendo alvo de uma ação civil pública movida pelo Sindicato”, afirma.
 
Carlos Fernandes, do Seeb/SP
 

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