1 de Agosto de 2008 às 11:03

Trabalhadores do Santander chileno iniciam greve de fome

Na mais longa greve dos trabalhadores bancários chilenos em quase 40 anos, os trabalhadores do departamento de vendas Santander Banefe, parte do holding financeiro Santander, após 26 dias de greve legal, rechaçaram a pobre oferta da empresa a suas reivindicações.
 
Em uma longa assembléia geral dos trabalhadores, depois de receber uma proposta por parte da gerência de Recursos Humanos do Grupo Santander que consiste em um bônus para o lanche (vale para uma refeição entre o café da manhã e o almoço, comum no Chile), bônus no vale-transporte e um bônus de fim da negociação. A proposta está muito distante do solicitação dos funcionários bancários, que não a aceitaram e resolverem prolongar a mobilização, continuando também com a greve de fome que começou com quatro trabalhadores, encabeçados pela presidenta do sindicato, Jackeline Herrera.
 
A greve dos mais de 700 empregados do Santander Banefe é produto de um salário base que não alcança os US$ 100, da inexistência do bônus do transporte e almoço e a reivindicação de um bônus de término de conflito de, ao menos, CLP$ 1 milhão (um milhão de pesos chilenos, aproximadamente US$ 2 mil). Em sua intransigência, a empresa financeira que mais lucra no Chile e uma das cabeças no ranking mundial do setor respondeu com repressão policial, agressão aos trabalhadores pelos vigilantes da casa matriz do grupo, dirigentes sindicais hospitalizados, agressões sexuais a trabalhadoras e perseguição armada aos representantes sindicais.
 
De acordo com o último informe da Superintendência de Bancos e Instituições Financeiras, entre janeiro e junho de 2008, o sistema financeiro chileno alcançou valores líquidos de US$ 967,69 milhões, isto é, 5,55% a mais que no mesmo período do ano passado.
 
Em particular, o Banco Santander Chile, controlado por o grupo Espanhol Santander Central Españo, se manteve em primeiro lugar quanto aos resultados, com lucro de CLP$ 156,095 bilhões (cerca de US$ 312,19 milhões) e uma rentabilidade de 25,65% sobre capital e reservas.
 
Quando faltam poucos dias para que a greve legal dos trabalhadores do Santander Banefe cumpra um mês, os trabalhadores decidiram combinar a mobilização ativa com a greve de fome ante o conflito prolongado arbitrariamente pela poderosa empresa. Durante uma assembléia geral, os bancários qualificaram a oferta da gerência como inadmissível, e manifestarem em suas intervenções vontade do lutar unidos pelas demandas que o sentido de melhorar suas condições do vida e trabalho.
 

Contraf/CUT, reproduzido da Confederação Bancaria do Chile
 

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