31 de Agosto de 2010 às 09:33

Comando Nacional define calendário da negociação específica com a Caixa

Crédito: Fenae


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, deu início nesta quarta-feira, 25, às negociações específicas com a Caixa Econômica Federal. A reunião, realizada em Brasília, estabeleceu o calendário para as negociações durante a Campanha Nacional dos Bancários 2010.


Foram agendadas duas rodadas para as próximas semanas, que serão realizadas na sequência das negociações da mesa principal entre o Comando e a Fenaban. O primeiro encontro ficou marcado para o dia 3 de setembro e terá como foco os temas de Saúde do Trabalhador e Condições de Trabalho, podendo ainda entrar outras cláusulas da pauta de reivindicações específicas. O outro encontro ocorrerá no dia 10 de setembro, tendo como principal tema a discussão dos itens de Isonomia de Direitos. Outras datas serão definidas de acordo com o andamento da Campanha Nacional.


"A Campanha Nacional já está nas ruas, com o início das negociações tanto na mesa unificada com a Fenaban quanto no debate das questões específicas com a Caixa. Vamos precisar de muita mobilização e luta dos bancários para conseguirmos manter a trajetória de conquistas que marca a categoria nos últimos anos", avalia Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações específicas com a Caixa.


Pendências


Os trabalhadores também discutiram com o banco pontos pendentes da mesa de negociação permanente. Um dos itens debatidos foi a instalação dos Comitês de Combate ao Assédio Moral. Ficou acertado que os debates serão encaminhados concomitantemente às discussões com a Fenaban. "A preocupação é que os dois programas têm algumas diferenças e não se quer criar estruturas diferentes para o mesmo fim", avalia Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa. "Há o entendimento de que o comitê combata o assédio moral, mas que também tenha o caráter de mediar conflitos no ambiente de trabalho", diz.


Outro tema abordado foi a promoção por merecimento, considerado pelos trabalhadores como o ponto negativo da discussão. A Caixa não trouxe respostas para possibilitar a implementação das promoções. "Na última reunião, o banco disse que teria resposta até o final de julho e agora, já no fim de agosto, não trouxe nada. Estamos no segundo semestre de 2010 e a avaliação deve ser feita em relação a 2009, o que pode prejudicar o processo", diz Plínio. "É lamentável, até porque o fato de não ter realizado ainda a promoção relativa ao segundo ano da implementação do Plano de Cargos e Salários coloca em risco a própria credibilidade do plano", avalia. A Caixa disse que está trabalhando para resolver o problema.


Fonte: Contraf-CUT

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