29 de Novembro de 2007 às 11:01
Teve início no dia 27 de dezembro (terça-feira) o processo de negociações sobre o Plano de Cargos e Salários da Caixa Econômica Federal, envolvendo representantes do banco e da Contraf/CUT. Na ocasião, foi estabelecido um cronograma para discussão do PCS, com a próxima rodada de negociações agendada para 20 de dezembro, quando a CEF deverá apresentar estudos sobre as carreiras de TB (Técnico Bancário) e TBS (Técnico Bancário Superior) e acerca das práticas de carreira adotadas pelas principais empresas do País – a serem usadas de parâmetro para o debate.
Segundo informações da Contraf, a Caixa teria interesse em concluir o debate até o final de fevereiro. Os parâmetros mínimos exigidos pelos bancários estão garantidos, por conta das negociações da Campanha Salarial 2007. Algumas reivindicações, já apresentadas, obtiveram uma primeira contraproposta do banco.
Os bancários cobraram o cumprimento do acordo que garante crédito consignado aos empregados com juros mais baixos do que os praticados. O banco chegou a apresentar uma solução, mantendo a tabela já divulgada, mas propôs aos empregados a opção por contratar taxas de juros promocionais, oferecidas a outros segmentos (como empregados da Justiça). Mas, nesse caso, será cobrada taxa de administração de R$ 120.
Pelo acerto, em qualquer promoção ou mudança em outros acordos de crédito consignado, será sempre colocada a melhor opção para os empregados da CEF escolherem. Também se conseguiu a extensão do crédito consignado para aposentados e assistidos da Funcef e Prevhab.
Empregos – A Contraf também cobrou da CEF a contratação de três mil empregados, conforme negociado na campanha nacional para ocorrer até o fim deste ano. Um balanço sobre as admissões deverá ser emitido pelo banco até 30 de novembro (sexta-feira), com os detalhes sendo apresentados na próxima reunião.
Internet – A Caixa também apresentou avaliação sobre a política de internet, apontando a redução de reclamações por conta das restrições ao acesso, após a CEF liberar sites de entidades sindicais e outros que possam ser usados para o trabalho. Em 47 unidades, o banco instalou um equipamento exclusivo para uso pessoal, sem restrições de acesso. As restrições foram tomadas para agilizar a transmissão de dados, porém, criaram protestos sobre a forma discriminatória com que os empregados passaram a ser tratados.
Saúde Caixa – O Banco disponibilizou na intranet (Sisbe) extratos atrasados do Saúde Caixa, que também são enviados em papel para unidades ou residência. No acordo, os empregados poderão quitar os débitos na folha de pagamento, mês a mês (com limite de 10% do salário) ou parcelar em até 24 vezes (débito em conta, com cobrança a partir de 20 de janeiro), sendo que, neste caso, a opção está disponível até 28 de dezembro.
Também se cobrou a implementação dos comitês de acompanhamento nas Gipes, o que ficará à cargo do GT Saúde. A Caixa ainda se comprometeu a dar uma posição sobre o início de negociações acerca de dívidas do PAMS.
Cursos de idiomas – Também foram realizadas cobranças sobre a divulgação dos critérios para as bolsas de idiomas, acordadas durante a campanha nacional. O processo, conforme a CEF, será coordenado pela Universidade Corporativa Caixa, com início do processo em janeiro de 2008, e as regras serão divulgadas em breve.
Orbral – Os problemas registrados na Orbral também foram debatidos com o banco, onde a Caixa lembrou da substituição da terceirizada por outras empresas, que estão admitindo os mesmos trabalhadores. Os salários atrasados foram pagos com base em bloqueio dos repasses à Orbral. Já a respeito dos encargos sociais, o banco informou estar tomando medidas jurídicas para regularizar a situação. A Contraf apontou que valores dos contratos das substitutas da Orbral são inferiores aos originais, o que resulta em redução nos postos de trabalho. A Caixa disse não conhecer essa situação, mas buscará se inteirar do tema.
PMPP – A Caixa reafirmou que a negociação com as áreas governamentais sobre a migração para a Funcef do pessoal do PMPP (Plano de Melhoria de Proventos e Pensões dos aposentados mais antigos da Caixa), que tem os benefícios congelados há vários anos, está em fase de conclusão. A previsão é que o processo tenha início até o final do ano.
Perseguição aos grevistas – A CEF havia respondido anteriormente à correspondência denunciando o descomissionamento de empregados que participaram da greve, como forma de retaliação. O banco afirmou que esta não é a política da empresa, e pediu para que as entidades sindicais apresentem relação dos casos concretos, para que seja verificada a situação.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Contraf/CUT
Link: https://seebcgms.org.br/caixa-economica-federal/comeca-discussao-do-pcs-na-caixa-economica-federal/