12 de Janeiro de 2021 às 16:04

Nos 160 anos da Caixa, empregados resistem para manter o banco 100% público

Caixa

Enfrentando a mais dura ofensiva de desmonte de sua história, a Caixa Econômica Federal completa 160 anos nesta terça-feira 12 de janeiro. Os empregados resistem em todo o país aos ataques do governo Bolsonaro/Guedes e buscam apoio da sociedade para manter de pé o principal agente das políticas públicas do Estado brasileiro.

“Esse é um momento de comemoração e de resistência na defesa dessa instituição financeira pública centenária exemplar, instrumento imprescindível para o desenvolvimento econômico e social do país. Nunca o Brasil precisou tanto, principalmente nesse período de pandemia, da Caixa Econômica 100% pública para ajudar a tirar o país dos escombros provocados pelo governo Bolsonaro”, destaca Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).

“São 160 anos de mãos dadas com a população que mais precisa. A Caixa é o banco que permite a realização dos sonhos dos brasileiros. Começou com o sonho da liberdade, quando poupou dinheiro dos escravos para a compra da carta de alforria, o sonho da casa própria, da formação no ensino superior, da diminuição da desigualdade no país”, diz a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e secretária-geral do Sindicato de Brasília, Fabiana Uehara Proscholdt.

“Precisamos enaltecer essas conquistas e mostrar para a população que tudo isso pode acabar se as tentativas de privatização do governo e da direção do banco se concretizarem. Nossa luta é constante pela defesa da Caixa 100% pública, pela valorização dos empregados e por melhores condições de trabalho”, completa Fabiana.

Estratégia de privatização

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, no pacote de ações para privatizar a Caixa o governo e a direção do banco incluíram também o desrespeito aos empregados. “Metas desumanas, reestruturações sem planejamento, jornadas exaustivas e extrapoladas, atendimentos precarizados por falta de condições de trabalho e também pela falta de mais de 20 mil empregados, PDV [Programas de Desligamento Voluntário] – tudo isso faz parte da estratégia de passar uma imagem de ineficiência para a sociedade e tentar justificar a privatização”, alerta.

“Mas a realidade mostra o contrário. O que seria da população mais carente se não fosse a Caixa e seus empregados durante o pagamento do Auxílio Emergencial? Graças aos empregados, que têm resistido a tudo isso para cumprir a função social do banco, 68 milhões de brasileiros tiveram condição de sobreviver nesta pandemia”, avalia o presidente da Fenae.

Campanha

O desrespeito aos trabalhadores provocou as entidades em defesa dos bancários a realizarem uma campanha de valorização dos empregados da Caixa. A Fenae, as Apcefs, a Contraf-CUT e demais entidades sindicais e associativas se uniram para mostrar ao país a importância do trabalho destes bancários para socorrer metade da população brasileira durante a pandemia do coronavírus. A campanha começou no dia 28 de dezembro e vai até o aniversário da Caixa, nesta terça-feira (12).

Uma das atividades que marcam a campanha são projeções em várias cidades do país em defesa da Caixa. São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Belém, Fortaleza e Manaus são as capitais que receberam nesta segunda-feira (11), às 19h, projeções com mensagens da campanha em defesa da Caixa 100% pública. A ação é realizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O objetivo foi denunciar os ataques que a empresa vem sofrendo, com ameaça de privatização de áreas rentáveis como seguros, loterias e mais recentemente o banco digital.

Live

Para marcar os 160 anos da Caixa Econômica Federal, a Fenae e a Contraf-CUT realizam um debate, às 19h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo Facebook da Confederação. Em pauta estarão temas como importância dos empregados durante a pandemia, as ameaças de privatização e os desafios das entidades para os próximos anos.

Participam do bate-papo virtual Fabiana Proscholdt, Sergio Takemoto; Rita Lima, diretora de Relações do Trabalho da Fenae e da Intersindical; Emanoel Souza, conselheiro fiscal da Fenae e secretário-geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb) e da coordenação da CTB Bancários.

Também está programado para esta terça tuitaço das 11h às 13h. A Fenae, Apcefs, Contraf/CUT e demais entidades representativas chamam a atenção dos brasileiros sobre as ameaças que sofre o banco público e os impactos que a privatização pode trazer aos setores mais importantes do país. Participe também com as hashtags #Caixa160anos  #PrivatizaNão #MexeucomaCaixaMexeucomoBrasil.

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT

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