Caixa Econômica Federal

Na noite desta quinta-feira, dia 20, a sede do Sindicato dos Bancários em Campo Grande-MS e Região foi palco da Plenária do Saúde Caixa, que reuniu empregados e aposentados da Caixa Econômica Federal. O evento contou com a presença de Leonardo Quadros, presidente da Apcef/SP e coordenador da representação dos trabalhadores no Grupo de Trabalho do plano de saúde.

A plenária faz parte de um movimento maior em defesa do Saúde Caixa, com mobilizações e abaixo-assinados para pressionar a direção da Caixa a rever o teto de financiamento e garantir um plano acessível e justo para todos os trabalhadores, em especial com a renovação do Acordo Coletivo em 2025.

“É crucial eliminar as restrições que atualmente prejudicam o financiamento do plano de saúde da Caixa. Ao remover esses obstáculos antes do início do processo de negociação, pretendemos garantir que as discussões ocorram de forma mais eficiente, dependendo exclusivamente da nossa mobilização e livres de entraves e barreiras externas”, destacou Leonardo Quadros.

O principal entrave, segundo Quadros, é o teto estatutário de 6,5% da folha salarial, que limita a participação da Caixa no custeio do plano. "A Caixa precisa estar sensível às demandas dos empregados e entender que o Saúde Caixa é uma política de gestão de pessoas, não apenas um plano de saúde. Retirar esse teto significa tornar o plano viável para todos os empregados", afirmou.

A presidenta do sindicato, Neide Rodrigues, destacou a importância da participação dos trabalhadores da Caixa na discussão sobre a renovação do ACT do plano de saúde.“Convidando todos os empregados e aposentados da Caixa a se unirem ao sindicato. Nosso objetivo é garantir que, durante a renovação, possamos conquistar avanços e preservar nossos direitos. O plano de saúde é uma prioridade para todos nós, especialmente diante do aumento dos problemas de saúde mental, da pressão e das metas exaustivas. Por isso, precisamos debater e nos mobilizar”, disse. 

Para o secretário de saúde do SEEBCG-MS e presidente da Apcef/MS, Everton Espindola, o plano de saúde é um direito que é preciso preservar para o futuro. “Quanto antes abordarmos este tema, melhor compreenderemos sua importância, sua estrutura atual e as perspectivas futuras. Apesar dos desafios enfrentados, nosso plano de saúde pode ser um grande aliado nos anos vindouros. À medida que envelhecemos, um plano de qualidade e acessível se torna essencial. Por isso, convocamos todos os empregados da Caixa a participarem ativamente dos debates”, destacou.

O Saúde Caixa

Durante a plenária, Leonardo Quadros apresentou um histórico do Saúde Caixa, desde a época do SAS (Serviço de Assistência e Seguridade Social do Economiário) até os dias atuais. Ele explicou as mudanças no formato de custeio, a criação da mensalidade, a proporção contributiva de 70/30 e o impacto de fatores como o aumento da folha de pagamento, a contratação de empregados e as decisões administrativas da Caixa.

Ele também alertou para o desequilíbrio financeiro do plano, os déficits acumulados nos últimos anos e a necessidade de aumentar o financiamento sem onerar ainda mais os empregados.

Quadros criticou a proposta de cobrança por faixa etária, defendendo que ela rompe com os princípios do plano e pode afastar um grande segmento de usuários. "O aumento do financiamento precisa vir pelo aumento da participação da Caixa", argumentou, defendendo a retirada do teto estatutário que limita a contribuição da empresa.

O presidente da Apcef/SP também abordou a questão do aumento dos custos assistenciais, especialmente nas internações, e a necessidade de melhorar a eficiência do plano. Ele defendeu a adoção de melhorias na fiscalização, auditoria médica e mudanças nos processos administrativos, como o fim das guias em papel e a implementação de sistemas digitais de autorização. Clique aqui e acesse o material da apresentação da palestra de Leonardo Quadros.

Assista à plenária na íntegra:

Por: Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Martins e Santos Comunicação