25 de Outubro de 2023 às 16:45

Rita Serrano é demitida da Caixa; Servidor de carreira é o novo presidente

Nova direção

A Caixa Econômica Federal está sob nova gestão. O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (25), o novo presidente do banco. Carlos Antônio Vieira Fernandes, servidor de carreira da Caixa, substituirá Rita Serrano, que se manteve no cargo desde o início do ano. O anúncio foi feito pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, por meio de nota. 

Empregada da Caixa há quase 34 anos, Rita Serrano é mestre em Administração e graduada em Estudos Sociais e História, com especialização em Governança Corporativa para conselheiros. Ela também foi diretora da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) e representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da empresa. Com longa trajetória no movimento sindical, Rita foi presidente do Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012 e é autora de três livro

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, criticou a troca na presidência da Caixa Econômica Federal. “As mulheres foram responsáveis por aproximadamente 60% dos votos de Lula nas últimas eleições. É ruim a substituição de uma mulher por um homem na presidência da Caixa”, disse Juvandia. 

“Não vamos aceitar que a política do governo passado seja implementada na empresa, como o desmonte da empresa e da sua função de banco público. Nem retrocessos na política da gestão de pessoas”, completou ao ressaltar que trata-se de uma mulher a menos no governo.

A troca também foi criticada pela coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Após as drásticas gestões do banco durante o governo anterior, que implementou uma política de assédio moral e sexual contra as empregadas e empregados, Rita vinha tentando mudar e melhorar o cenário. Tínhamos nossas críticas, mas a gestão era aberta ao diálogo”, disse. 

“Em uma instituição tão grande e importante como a Caixa as mudanças demoram a acontecer. Infelizmente ocorreu a substituição quando as mudanças estavam em andamento”, completou.

A coordenadora da CEE destacou também a importância do papel social da Caixa. “Para que não haja risco na execução de políticas sociais prioritárias para o governo, como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e a própria política de financiamento habitacional do banco, entre outras, a Caixa não deveria ser usada como moeda de troca”, disse Fabiana, lembrando que em gestões passadas o banco já serviu como moeda de troca e teve sua gestão investigada e sua imagem prejudicada.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, disse que a federação continuará atuando na defesa de um banco público e social e ainda vai acompanhar com muita preocupação o uso da Caixa para fins políticos.

“A Fenae, em defesa dos seus empregados e do crescimento do banco como motor para geração de emprego e renda, seguirá atenta contra a entrega da Caixa àqueles que enxergam a instituição como moeda de troca, com a promoção de interesses pessoais e de seus aliados”, afirmou Sergio Takemoto.

Com informações da Contraf e Fenae


 

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