17 de Agosto de 2012 às 15:10

Comando Nacional retoma negociações com Fenaban na terça e quarta

Campanha Nacional

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma na terça-feira 21 as negociações da Campanha 2012 com a Fenaban, em São Paulo, agora para discutir as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. Essa terceira rodada de negociações continuará na manhã de quarta-feira 22.

"O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Somente os cinco maiores bancos do país lucraram no primeiro semestre do ano mais de R$ 24,5 bilhões. Não há nenhuma razão para que não atendam às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, principais responsáveis pelos bons resultados", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

As demandas sobre segurança, igualdade e remuneração deveriam ter sido discutidos na quarta e quinta-feira desta semana, dias 15 e 16, mas foram adiadas por causa do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, dra. Deborah Regina Rocco Castaño Blanco, que participa da mesa de negociação.

Antes da interrupção, o Comando Nacional e a Fenaban haviam discutido na manhã do dia 15 propostas dos bancários sobre saúde e condições de trabalho. Na reunião, os bancos assumiram o compromisso de manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica até que seja regularizada a situação junto ao INSS. 

Esse avanço contrastou com os resultados das duas rodadas anteriores, nas quais a Fenaban recusou as reivindicações apresentadas pelos bancários, como mais contratações, fim da rotatividade, aplicação da convenção 158 da OIT que proíbe demissões imotivadas e fim das metas abusivas, entre outras. 


O que será negociado na terceira rodada

As negociações começam na terça-feira pelo tema segurança bancária, em que se destacam reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos e à Contraf-CUT, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nas relações.

As negociações sobre remuneração envolverão:

> Remuneração fixa direta, como o reajuste salarial de 10,25%, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários, adiantamento do 13º, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações. 

> Remuneração indireta, como auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte.

> Remuneração variável, como a PLR. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.

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