4 de Novembro de 2014 às 08:51

Fenaban divulga dados completos do Censo

CAMPANHA NACIONAL 2014

Levantamento sobre diversidade nos bancos foi apresentado em reunião na segunda. Federação dos bancos se comprometeu a divulgar números completos em seu site na terça 4. II Censo mostra que desigualdade ainda é grande e categoria tem de se mobilizar para avançar

São Paulo – Após pressão do movimento sindical, a federação dos bancos divulgou em mesa temática na segunda-feira 3 os dados que estavam faltando do II Censo da Diversidade. A primeira parte do levantamento – respondido por 187.411 bancários, ou 41% da categoria, em março de 2014 – já havia sido divulgada pela Fenaban durante a Campanha Nacional deste ano.

> Bancos continuam discriminando mulheres

http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=9015

> No Brasil: mulheres ganham menos e são mais escolarizadas

http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=9394

Os dados já divulgados em setembro deste ano apontaram que as mulheres continuam ganhando menos que os homens. Em seis anos (entre o Censo de 2008 e o de 2014), a diferença entre o rendimento médio das mulheres e dos homens caiu somente 1,5 ponto percentual. O rendimento médio mensal delas em relação ao deles era de 76,4% em 2008 e agora é de 77,9%.

O Censo de 2014 mostra um avanço de 5,6 pontos percentuais no número de negros no setor bancário. Havia no primeiro Censo 77,4% de brancos e 19,3% de negros. Em 2014, 71,4% de brancos e 24,9% de negros.

Os bancos também apresentaram os números de pessoas com deficiência (PCDs). Do total, o número de pessoas com deficiência motora caiu de 61,4% em 2008 para 60,7 em 2014. Já o de pessoas com deficiência auditiva subiu de 12,2% para 22,8% e com deficiência visual de 3,9% para 11,8%. “Isso nos faz inferir que os bancos estão contratando menos pessoas com deficiência motora porque falta acessibilidade nos locais de trabalho. Mas esse é outro dado que iremos analisar com mais cuidado.” Neiva acrescenta ainda que o setor não cumpre a cota de 5% de PCDs exigida por lei. Em 2008 havia 1,8% de bancários com deficiência, em 2014 eles são 3,7%.

Os representantes dos trabalhadores também cobraram dados mais claros sobre a situação da mulher negra nos bancos

Próximos passos – O movimento sindical convidará outros atores para discutir os resultados do Censo da Diversidade 2014. “Vamos chamar o MPT (Ministério Público do Trabalho) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho), que também participaram da elaboração do I Censo, e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eles devem nos ajudar a elaborar e desenvolver ações que mudem esse quadro, ainda muito desigual nos bancos”, completa Neiva.

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