27 de Julho de 2015 às 08:26

Bancários deixam claro: chega de exploração!

Campanha Nacional Unificada 2015

Bancos têm de parar de demitir, terceirizar e precisam contratar. Aumento real, PLR, vales alimentação e refeição maiores também devem estar no centro dos debates da Campanha Nacional Unificada deste ano

 

 

 

São Paulo - Emprego, respeito e remuneração decente. As respostas dos 11.925 bancários de São Paulo, Osasco e região à consulta feita pelo Sindicato deixam claro: os trabalhadores querem ser valorizados e os bancos precisam parar de espremer seus empregados até consumi-los totalmente e dispensá-los depois. O primeiro semestre deste ano já soma extinção de 2.795 postos de trabalho nas instituições financeiras, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho. Os funcionários estão sendo “trocados” por outros com rendimento inferior – a diferença da remuneração é de 58% entre demitidos e contratados.

Além do fim das demissões, das terceirizações e mais contratações (com mais de 50% das respostas), os bancários querem PLR maior (90%), aumento real (81%), 14º salário (43%), valores mais altos para os vales refeição e alimentação (74%). A maioria (73%) indica que o índice de reajuste a ser reivindicado para salários e verbas seja de até 15%. “Somando-se à importância das reivindicações como o fim das metas abusivas (59%) e do combate ao assédio moral (57%), fica evidente o quanto os trabalhadores estão insatisfeitos com a maneira como são tratados pelos bancos. Justamente o setor cujo cenário econômico continua sendo dos melhores”, ressalta a dirigente.

Emprego é prioridade

No primeiro trimestre de 2015 somente os cinco maiores (Itaú, Bradesco, BB, Santander e Caixa) ganharam R$ 16,3 bilhões, montante 21,8% maior que no mesmo período de 2014.

Cláudia Motta 

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