18 de Outubro de 2015 às 21:51

Greve dos bancários chega ao 11º dia com mais de 12 mil agências paradas

Campanha Nacional Unifica 2015

A greve nacional dos bancários se intensificou na segunda semana e chegou ao 11º dia com muita força. Nesta sexta-feira (16), a categoria ampliou ainda mais o movimento e fechou 12.277 agências e 44 centros administrativos em todo o país. Trata-se de uma resposta contundente à intransigência dos bancos, que continuam se negando a apresentar uma nova proposta, que contemple a reposição integral da inflação, aumento real, mais contratações, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades, entre outros.

“A sociedade brasileira terminou mais uma semana desrespeitada pelos bancos, o setor da economia que mais lucrou este ano. E os bancários, por sua vez, agora conhecem melhor os seus patrões. Todos sabem que as instituições financeiras são as culpadas pela greve que durou até hoje. A paralisação vai continuar, pois é uma luta pela dignidade e contra a exploração”, afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários, lembra que a contratação de mais empregados é um dos principais pontos da pauta específica. “A realidade na Caixa já era de agências lotadas e trabalhadores sobrecarregados e doentes. Com o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), mais de 3.200 deixaram o banco, o que agravou ainda mais a situação. Garantir melhores condições de trabalho é fundamental”, diz.

Tuitaço denuncia exploração dos bancos e juros exorbitantes

A mobilização nacional dos bancários ocupou as redes sociais nesta sexta-feira (16). O tuitaço com a hashtag #ExploraçãoNãoTemPerdão, durante todo o dia, chamou a atenção dos internautas para os problemas enfrentados nos ambientes de trabalho, apesar dos juros astronômicos cobrados pelos bancos. O objetivo da ação, que continua na segunda-feira (19) e deverá ocorrer mais vezes, é pressionar os banqueiros a abandonar a postura intransigente.

Reivindicações dos bancários

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real); PLR: 3 salários mais R$ 7.246,82; piso: R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional); Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; garantira de emprego; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, igualdade de oportunidades, entre outros.

Já entre os itens específicos da Caixa, destacam-se: contratação de mais empregados, fim do GDP, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, garantia do Saúde Caixa na aposentadoria (inclusive para os que saíram pelo PADV), fim do voto de Minerva na Funcef, imediata incorporação do REB ao Novo Plano, fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos os admitidos a partir de 1998.

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