31 de Agosto de 2015 às 08:25
Campanha Nacional Unificada 2015
Fenae
Mais segurança nas unidades e o combate ao assédio moral e sexual também foram reivindicados na reun
A Caixa Econômica Federal se manteve intransigente na primeira negociação da pauta específica da Campanha Nacional 2015, realizada nesta quinta-feira (27), em Brasília (DF). A empresa rejeitou a reivindicação das representações dos trabalhadores de suspender o programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), informando que a posição é a de mantê-lo e ampliá-lo.
"Essa discussão não se esgota. Entendemos que para avançar nas questões relacionadas à saúde do trabalhador, é preciso dizer 'não' a este programa que institucionaliza a cobrança de metas individuais, as principais causas do adoecimento nas unidades", destaca Genésio Cardoso, integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Comando Nacional dos Bancários.
A negociação específica com a Caixa ocorre concomitantemente com a mesa unificada (Fenaban). Além do fim do GDP, os representantes dos empregados reivindicam que o banco concorde com o artigo 71 da minuta geral da Campanha Nacional 2015, que estabelece que os bancos deverão "garantir a participação de todos os seus trabalhadores na estipulação de metas e respectivos mecanismos de aferição, estabelecendo-se que as mesmas serão obrigatoriamente de caráter coletivo e definidas por departamentos/agências".
Outro ponto reforçado, no tocante à saúde do trabalhador, foi o combate ao assédio moral e sexual. Os representantes dos empregados cobraram da Caixa celeridade na apuração das denúncias. A empresa alegou que tem procurado cumprir o prazo de 45 dias estabelecido na cláusula 56 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015.
Segurança bancária
Na negociação desta quinta-feira, esteve em pauta também o tema segurança bancária. Um representante da Gerência Nacional de Segurança Física (GESFI) apresentou as medidas que a Caixa tem adotado na área, como compra de equipamentos, campanhas de orientação dos empregados, medidas de gerenciamento de crise, entre outras.
Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, porém, as ações da empresa priorizam a preservação do patrimônio físico. "Nossa visão é de que precisamos de um programa de segurança que garanta a proteção dos bancários e bancárias", acrescentou Genésio Cardoso.
Dentre os pontos reivindicados pela CEE/Caixa, estão a instalação de biombos que impeçam a visualização das operações efetuadas nos caixas pelo público, sem impedir a visão dos empregados e adequando a posição dos vigilantes. A Caixa argumentou que foi definido um modelo padrão e que as divisórias já começaram a ser instaladas. A Comissão cobrou informações sobre o quantitativo de unidades já contempladas e a previsão de prazo para conclusão da instalação em todas as agências.
Outra reivindicação diz respeito à garantia de vigilantes em todas as unidades do banco. A CEE/Caixa denunciou casos de prédios que estão sem o serviço, por conta da não renovação de contratos com a prestadora de serviço. Os representantes da empresa confirmaram que a medida foi adotada para reduzir custos e que a recomendação da GESFI é de que os locais afetados adotem outras medidas como colocação de recepcionistas ou porteiros, além do controle do acesso. Para os representantes dos trabalhadores, esse posicionamento é inadmissível.
A próxima reunião da negociação específica da Campanha Nacional 2015 com a Caixa está agendada para o dia 4 de setembro, com a continuidade dos debates sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa, Funcef e aposentados. A pauta de reivindicações foi entregue à direção da empresa no dia 11 de agosto.
Prorrogação do ACT
A CEE/Caixa reivindicou a prorrogação do Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2015, que expira na próxima segunda-feira, 31 de agosto, até a conclusão das negociações deste ano. A Caixa se comprometeu a atender à reivindicação.
Fonte: Fenae
Link: https://seebcgms.org.br/campanha-nacional-2015/na-primeira-negociacao-especifica-caixa-mantem-intransigencia-quanto-ao-gdp/