5 de Outubro de 2016 às 10:25

Greve dos bancários bate recorde e chega ao 30º dia

Greve

Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

A greve nacional dos bancários completa, nesta quarta-feira (5), o 30º dia. Até agora, a mais longa greve da categoria desde 2004. A paralisação mais longa da categoria na história foi em 1951, com 69 dias de paralisação.

 

Ao longo desses 30 dias, apesar de medidas antissindicais praticadas pelos bancos para enfraquecer o movimento e pressionar seus funcionários a voltarem a trabalhar, a greve ganhou força em todo país, inclusive aqui em Mato Grosso do Sul.

 

Em Campo Grande e região, 95% das agências estão sem atendimento, isso significa 153 unidades paradas. Em todo país, 13.104 agências e 44 centros administrativos estão paralisados. O número representa 55% do total de unidades de todo o Brasil.

 

“Os bancários estão descontentes com a postura dos bancos de não valorizar seus funcionários e estão a cada dia reforçando ainda mais o movimento grevista”, afirmou o presidente do sindicato, Edvaldo Barros.

 

 Até agora, já foram realizadas dez reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. No último encontro, os bancos apresentaram uma proposta para dois anos, mas voltaram a insistir no reajuste de 7% para 2016, o que vai causar uma perda de 2,39%. Para o próximo ano, o aumento seria o índice de inflação mais 0,5% de ganho real.

 

Para esta quarta-feira (5), a Fenaban convocou mais uma vez o Comando Nacional dos Bancários para negociar. A 11ª reunião será hoje, às 16h (horário de MS), em São Paulo. A Caixa Federal convocou rodada de negociação específica para esta quarta-feira, às 18h. Após a rodada com a Fenaban, haverá negociação também com o Banco do Brasil.

 

Conforme o relatório anual da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o patrimônio líquido do setor bancário em 2015 foi de R$ 540,8 bilhões. Números que evidenciam: o setor mais rico do país tem total condição de atender às reivindicações dos bancários, com propostas que permitam resolver a greve nacional sem perdas para os bancários e bancárias.

 

Por: SEEB-CG com informações da Contraf-CUT

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