14 de Setembro de 2016 às 16:18

Trabalhadores do Banco do Brasil reforçam adesão ao movimento grevista em Campo Grande e região

Greve

Reginaldo de Oliveira / Martins e Santos Comunicação

A greve dos bancários completa nove dias e segue forte em todo Mato Grosso do Sul. Os trabalhadores do Banco Brasil estão aderindo e fortalecendo a mobilização. Em Campo Grande, 28 agências do BB estão sem atendimento ao público. No interior, estão fechadas unidades em Jardim, Bonito, Nioaque, Anastácio, Terenos, Aquidauana, Guia Lopes e Rio Verde.

“Historicamente, nós funcionários do BB, sempre fomos vanguarda no movimento de luta dos bancários. A forte adesão do Banco do Brasil neste movimento paredista está alinhado com o bom trabalho que o nosso sindicato vem desempenhando junto ao conjunto dos trabalhadores. Estou convencida que estamos no caminho certo e orgulhosa dos colegas do BB, que entenderam que só a luta nos garante”, disse a secretária de Organização e Patrimônio do sindicato e funcionária do Banco do Brasil, Luciana Rodrigues.

Um dos motivos que leva os funcionários do banco público a engrossarem a greve é a convocação de concursados, já que no primeiro semestre deste ano houve redução de 2.710 postos de trabalho no Banco do Brasil – o que aumenta a sobrecarga de trabalho nas agências, impactando o atendimento aos clientes. Apenas nos primeiros seis meses deste ano, o BB obteve R$ 4,824 bilhões de lucro.

 

Além disso, os bancários cobram uma remuneração digna e justa. A Fenaban insiste na proposta de reajuste de 7% e abono de R$ 3.300, mas a categoria reivindica 14,78%, sendo 5% de ganho real. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira, às 16h, em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação.

Para o presidente do sindicato, Edvaldo Barros, a adesão da categoria bancária ao movimento de greve tem aumentado a cada dia, e a dos funcionários do BB é fundamental para alcançar uma campanha vitoriosa. “Essa adesão maciça mostra a insatisfação da categoria com os bancos. E vamos continuar mobilizados até que a federação proponha um reajuste digno, além de discutir outras questões importantes, como o fim das demissões, por mais contratações e segurança nas agências. Sabemos que nossas reivindicações podem ser atendidas pelo setor mais lucrativo do país”, disse Edvaldo.

Adesão

Neste nono dia, passou de 123 para 133 o número de agências fechadas em Campo Grande e em outros 27 municípios – adesão de 83%. Só na Capital, das 120 unidades, 109 estão sem atendimento.  

Por: Assessoria de Comunicação do SEEB-CG/Martins e Santos Comunicação

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