7 de Junho de 2024 às 21:13

Bancários unidos na 26ª Conferência Nacional para debater avanços nos direitos

Campanha Nacional

O futuro se faz juntos. Com este mote, bancários e bancárias de todo país reuniram-se nesta sexta-feira (7), em São Paulo, na abertura da 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2024.

Até domingo (9), centenas de delegados e delegadas de todo o Brasil debaterão e aprovarão a pauta de reivindicações a ser negociada com a Fenaban visando a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), onde estão descritos todos os direitos dos bancários e bancárias, bem como discutirão as estratégias de negociação frente às instituições financeiras.

 

Representando a base de trabalhadores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região estão participando da conferência o presidente interino e os diretores José dos Santos Brito, Luciana Rodrigues, Vicente Cleber Aires Rodrigues, Patrícia Soares, Marcley Telles e Álvaro Marzochi Jara. “Tivemos uma abertura representativa,com bancários de todo país, e política, com falas da conjuntura e da importância da nossa campanha para um país melhor. Nos próximos dois dias daremos continuidade às discussões das pautas de luta e reivindicações, que ao serem aprovadas serão encaminhadas à Fenaban’, disse o presidente interino do sindicato, Rubens Jorge Alencar.

Em sua fala na mesa de abertura, Rodrigo Britto, presidente da Fetec Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), destacou as conquistas da categoria até os dias atuais, o que torna os bancários referência para todas as demais categorias de trabalhadores. A Fetec-CUT/CN está com uma delegação de 78 dirigentes sindicais, representando os 13 sindicatos da região Centro-Norte. 

“Os bancários e bancárias conquistaram algo inédito, que serve de exemplo às demais categorias, o que resulta em ataques que recebemos do sistema financeiro, tentando retirar direitos. Eles [os banqueiros] são aqueles que estão no dia a dia enviando projetos no Congresso Nacional para fragilizar a categoria e todos os trabalhadores, como fizeram com a reforma trabalhista, a precarização do trabalho e a reforma que tentou acabar com a nossa Previdência Social”, destacou. 

 

Britto prosseguiu: “Eles querem derrotar a categoria mais organizada criando outras categorias, com novas relações de contrato que, no passado, eram consideradas fraudes trabalhistas, e conseguíamos derrotar na Justiça. Mas, com a reforma trabalhista, isto não é mais possível e, por isso também, eles querem acabar com a nossa Justiça Trabalhista”, afirmou Rodrigo.

A presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, declarou aberta a 26ª Conferência Nacional dos Bancários, com um chamado para que os trabalhadores se unam para manter os direitos atuais, conquistar novos e reconstruir um Brasil.

“É importantíssimo conquistarmos aumento real e avançarmos na conquista de direitos, mas é importantíssimo reconstruirmos o Brasil que valoriza a classe trabalhadora, que é quem constrói a riqueza com seu trabalho. Para isso, devemos fortalecer as empresas e bancos públicos, que contribuem com os investimentos no setor produtivo e no desenvolvimento regional para que seja possível melhorar as condições de vida da população”, disse.

 

Para Juvandia, os sindicatos têm a obrigação de politizar a Campanha Nacional, para que os bancários compreendam que o individualismo não vai reconstruir o Brasil e entendam que é preciso que haja a união da classe trabalhadora para derrotarmos o pensamento neoliberal que prega o Estado mínimo e a redução de direitos e salários. “Somente juntos será possível obter aumento real, obter novos direitos e melhorar as condições de vida da população. Ao final de nossa conferência, precisamos voltar para casa e levar essa discussão para nossas bases. Não podemos deixar que sejam eleitos representantes do 1% da população. Temos que eleger candidatas e candidatos comprometidos com nossa pauta de reivindicações”, concluiu Juvandia.

Livro sobre a Lava Jato

Após a mesa de abertura, foi lançado o livro "10 anos da Operação Lava Jato: impactos nos empregos e na soberania nacional", obra organizada pelas juristas Gisele Cittadino e Carol Proner, e que reúne a análise de especialistas do direito, da imprensa e economistas.

Em vídeo, Gisele Cittadino enfatizou que, além de expor os impactos nocivos da Lava Jato ao desenvolvimento do país, com a destruição do setores importantes da economia como construção civil, óleo gás, petroquímico e naval e, consequentemente com milhões de empregos, o livro também se debruçou sobre  os impactos da operação na democracia e na soberania nacional.

“Nesses dez anos da lava jato, essa crítica também é muito importante para que a gente se dê conta de uma marca da nossa cultura política que a gente precisa superar, que é essa ideia de que nós poderemos ser salvos por determinadas figuras quase míticas. O ex-presidente  Fernando Collor de Mello que se dizia o caçador de marajás, o juiz Sérgio Moro, que se dizia o juiz mais ético do planeta e que seria capaz de derrotar a corrupção”, disse.

O jornalista Luis Nassif, autor de um dos artigos da obra, participou da mesa de lançamento para fazer uma análise da conjuntura política pós Lava Jato. “O Brasil tem um grande trunfo na mão, que são os movimentos sociais. Falta planejamento”. Para ele, mais do que nunca, a participação dos sindicatos é fundamental. “O grande desafio é trazer de volta o modelo de cooperação, para combater esse individualismo que é a marca do capitalismo. O mercado não quer regulação, ele quer ganhar dinheiro”, afirmou.

Com informações Contraf e SPBancários


 

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