19 de Agosto de 2008 às 13:05
Compartilhe
Os bancos submetem seus funcionários a cargas de trabalho cada vez mais intensas, aumentando o estresse e as doenças ocupacionais, sejam osteomusculares (como LER/Dort) ou psicológicas (depressão, síndrome do pânico e outras). Para combater essa situação, os bancários incluíram como eixos centrais da pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2008 o combate ao assédio moral e outras formas de violência organizacional e às metas abusivas.
“Esse é um dos debates mais importantes para os bancários hoje. Modificar a forma de organização das empresas é uma tarefa difícil que precisará de muita mobilização e luta”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf/CUT.
A primeira rodada de negociações da campanha salarial com os banqueiros será realizada no dia 27 de agosto, em São Paulo.
Outros pontos destacados da pauta de reivindicações, entregue à Fenaban no dia 13 de agosto, são a isonomia de direitos entre bancários afastados por motivos de saúde e na ativa e a prevenção/reabilitação para trabalhadores doentes. “É preciso que os bancários afastados mantenham seus direitos, até porque o banco é muitas vezes responsável pela doença”, afirma Plínio.
Também está na pauta de reivindicações a defesa da jornada de seis horas diárias, pois além de ser importante como forma de geração de emprego, é determinante na promoção de melhores condições de saúde.
Os trabalhadores definiram ainda realizar uma “Semana em Defesa da Saúde e Condições de Trabalho dos Bancários”. “Será uma grande mobilização focando o tema. Mas não podemos perder de perspectiva a priorização da defesa da saúde durante toda a Campanha”, defende Plínio.
Contraf/CUT