Assembléias de bancários em todo o País decidiram manter a paralisação neste dia 9. A mobilização deve se fortalecer neste segundo dia da greve por tempo indeterminado decretada pelos bancários.
Neste dia 8, grande parte dos centros administrativos dos bancos em São Paulo, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e mais de três mil agências em todas as capitais e grandes cidades do País foram paralisados nesta quarta-feira 8 de outubro.
“A grande adesão à greve mostra a insatisfação dos bancários com a postura dos bancos, que batem sucessivos recordes de lucro e não querem atender as reivindicações da categoria”, afirma Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
A greve foi deflagrada em assembléias realizadas na terça-feira à noite na maioria dos sindicatos, porque os bancos não apresentaram nova proposta depois da paralisação de 24 horas da terça-feira da semana passada, quando os bancários rejeitaram a oferta de 7,5% de reajuste salarial apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Os bancários reivindicam aumento real de 5% (a proposta da Fenaban é de apenas 0,35% acima da inflação), valorização dos pisos salariais, PLR (participação nos lucros e resultados) maior e simplificado, fim das metas abusivas e do assédio moral.
“A proposta de reajuste apresentada pelos bancos é muito inferior aos acordos salariais fechados neste semestre pelos trabalhadores de outros setores da economia. Além disso, a PLR que eles estão propondo é menor do que a do ano passado, mesmo com lucro maior das empresas”, diz Vagner Freitas.
Veja os locais que estão em greve hoje: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília (iniciada em 30/9), Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS (exceto Banco do Brasil e Banrisul, que aprovou greve de 24h no dia 10), Salvador/BA (iniciada em 1º de outubro), Pernambuco (iniciada em 3 de outubro), Ceará, Florianópolis/SC, Mato Grosso, Alagoas, Piauí, Acre, Rondônia, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe (iniciada em 1º de outubro), Pará e Amapá (iniciada em 6 de outubro), Maranhão (iniciada em 30 de setembro), Rio Grande do Norte (iniciada em 30 de setembro), Roraima, Sul Fluminense/RJ, Campina Grande/PB, Criciúma/SC, Campo Grande/MS, Campo Mourão/PR, Itabuna/BA, Santo Ângelo/RS, Teresópolis/RJ, Vitória da Conquista/BA, Bauru (iniciada em 30 de setembro), Santa Cruz/RS, Carazinho/RS (continua na Caixa e Bradesco até às 12h), Teófilo Otoni/MG, Mogi das Cruzes/SP, Chapecó/SC, Ipatinga/MG, Feira de Santana/BA, Jacobina/BA, Concórdia/SC (apenas Caixa), Joaçaba/SC, Araranguá/SC, Região do ABC/SP, Araraquara/SP, Assis/SP, Barretos/SP, Catanduva/SP, Guarulhos/SP, Jundiaí/SP, Limeira/SP, Presidente Prudente/SP, Taubaté/SP, Andradina/SP, Campinas/SP, Niterói/RJ, Cornélio Procópio/PR, Dourados/MS, Franca/SP, Jaú/SP, Araçatuba/SP, Jequié/BA, Londrina/PR, Marília/SP, Navirai/MS, Oeste Catarinense, Paranavaí/PR, Arapoti/PR (a partir 9 de outubro), Ribeirão Preto/SP (greve Caixa, privados e BB em estado de greve), Rondonópolis/MT, Santa Maria/RS, Erechim/RS (Caixa já estava), São Borja e Itaqui/RS, São José dos Campos/SP, São José do Rio Preto/SP, Umuarama/PR, Apucarana/PR, Vale do Araranguá/PR, Vale do Paranhana/PR, Irecê/BA, Itaperuna/RJ, Sorocaba/SP, Petrópolis/RJ, São Miguel do Oeste/SC (greve na Caixa, demais bancos não), Patos de Minas/MG, Teresópolis/RJ, São Leopoldo/RS (greve continua na Caixa e privados: HSBC, Real, Unibanco. BB não está em greve), Zona da Mata e Sul de Minas/MG, Uberaba/MG.
Contraf/CUT