3 de Outubro de 2008 às 23:39
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A diretoria do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região convoca os bancários de sua base a participarem de Assembléia-Geral para definir se a categoria irá aderir ao movimento nacional de greve, já defendido pelo Comando Nacional dos Bancários. A reunião será realizada na próxima terça-feira (7), a partir das 18h30 (segunda chamada às 19h), na Sede Administrativa do Sindicato – rua Barão do Rio Branco, 2652, em frente ao Fórum da Capital.
A Assembléia é resultado da falta de disposição dos banqueiros em negociar com a categoria bancária, segundo explicou a presidente em exercício da entidade, Iaci Terezinha Azamor Torres. “Nossas solicitações foram ignoradas pela Federação dos Bancos [Fenaban], que ofereceu um índice de reajuste que representava menos de meio por cento de ganho real”, afirmou a sindicalista. “A Fenaban ainda se propôs a retirar conquistas históricas da categoria, o que é inaceitável”, prosseguiu.
Além de não atender as reivindicações sobre o reajuste, a Fenaban também defendeu a manutenção de critérios de 2007 para a concessão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o que causará prejuízos na maioria dos bancos. A PLR do ano passado previa ganhos desde que os bancos aumentassem em 15% seus resultados referentes ao período anterior. Neste ano, embora os lucros continuem crescendo de forma astronômica, não atingiram o percentual.
Em caso de aprovação, a greve por tempo indeterminado será iniciada já no dia 8, como recomenda o Comando Nacional. As atividades só serão retomadas quando os banqueiros apresentarem uma contraproposta que contemple os interesses da categoria. “Assim como ocorreu na paralisação de 24 horas, que atingiu 52 agências, a presença dos bancários é fundamental para garantirmos voz perante os bancos. Os rumos a serem tomados por nosso Sindicato serão obrigatoriamente aqueles que o trabalhador apontar”, complementou Iaci, ao convocar os bancários a participarem da assembléia.
Além de Campo Grande, compõem a base os bancários de Anaurilândia, Anastácio, Aquidauana, Alcinópolis, Bandeirantes, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Corguinho, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Jaraguari, Jardim, Miranda, Nioaque, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Sonora e Terenos.
“Mesmo sendo o setor da economia brasileira que tem os maiores lucros, os bancos fizeram uma proposta inaceitável que os bancários já rejeitaram nas assembléias e nas paralisações desta semana. Mas parece que os bancos não se mostraram sensibilizados e estão apostando no confronto”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT e coordenador do Comando Nacional.
Confira as principais reivindicações dos bancários
• 5% de aumento real (a proposta da Fenaban é de apenas 0,35%).
• Valorização dos pisos salariais.
• Aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
• Vale-refeição de R$ 17,50.
• Cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415,00).
• Fim das metas abusivas e do assédio moral
• Mais segurança nas agências.
• Mais contratações.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Contraf/CUT