24 de Setembro de 2008 às 12:01

Bancos propõem 7,5% de reajuste. Bancários rejeitam

Em reunião na manhã desta quarta-feira (24), em São Paulo/SP, os representantes da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceram um índice de reajuste salarial de 7,5% para os bancários, como item das cláusulas econômicas que compõem a Campanha Salarial 2008. O percentual foi prontamente rejeitado pelo Comando Nacional da categoria, que pleiteava aumento de 13,23% - conforme aprovado durante a Conferência dos Bancários, em julho. As respostas dos banqueiros para outras reivindicações também frustraram os representantes da categoria.
 
“O índice de 7,5% mal repõe a inflação de 7,15% no período. Ou seja, na prática, o ‘aumento real’ proposto é de menos de meio por cento”, criticou a presidente em exercício do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região, Iaci Terezinha Azamor Torres, que representa a entidade sindical na Mesa de Negociações. Ela lembra que o índice de 13,23% previa, além da reposição inflacionária dos últimos 12 meses, um aumento superior a 6%.
 
Ainda conforme Iaci, o índice não reflete os resultados dos bancos ao longo de 2007 e em 2008, “quando foram atingidos recordes de lucratividade e movimentação financeira. Não existe a menor razão para rejeitarem nossas reivindicações”. Os banqueiros já tinha rejeitado outros elementos da Campanha Nacional, que englobavam por exemplo avanços na questão do assédio moral, saúde e segurança.
 
Outro “baque” nas negociações se referiu à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), onde os bancos propuseram manter todas as regras da Convenção Coletiva de Trabalho de 2007, com correção da parcela fixa pelos mesmos 7,5%. “E a maioria dos bancos não foi contemplada na PLR complementar porque, segundo a Fenaban, o aumento na movimentação financeira foi inferior a 15%”, afirmou Iaci. Os bancos também não apresentaram proposta quanto às mudanças no piso salarial da categoria.
 
Iaci alerta que, nos próximos dias, será convocada assembléia geral para discutir a continuidade da mobilização entre a categoria. “A negociação desta quarta-feira foi encerrada exatamente porque rejeitamos o índice. Esta já é a recomendação dada para os Sindicatos, que devem se mobilizar para mobilizações e pressionar os patrões a melhorar esse índice absurdo”, finalizou a presidente.
 

Secretaria de Imprensa e Comunicação
 

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