29 de Setembro de 2008 às 19:42
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Os bancários de Brasília, Curitiba e Pernambuco rejeitaram a proposta de 7,5% de reajuste apresentada pela Fenaban no dia 24 e aprovaram a greve de 24 horas nesta terça-feira, 30, seguindo a orientação do Comando Nacional. O Sindicato de Sergipe também rejeitou a proposta e aprovou a paralisação na quinta-feira, 2 de outubro. Os demais sindicatos realizam assembléias hoje em todo o País.
O Comando Nacional dos Bancários se reunirá no próximo dia 1º, às 14h, na sede da Contraf/CUT, para avaliação das mobilizações do dia 30 e decidir as orientações para os sindicatos a respeito do prosseguimento do movimento.
A proposta de 7,5% apresentada pela Fenaban na semana passada inclui 0,35% de aumento real (a inflação do período foi de 7,15%). Mas o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta no ato da apresentação, por considerá-la muito abaixo da reivindicação da categoria, de 5% de aumento real. O Comando orientou os sindicatos a realizarem assembléias até esta segunda-feira 29 para rejeitarem a proposta e decretarem greve de advertência de 24 horas nesta terça-feira 30.
“Deixamos claro que a proposta é inaceitável para os bancários porque está muito distante das reivindicações da categoria e não condiz com os resultados extraordinários dos bancos e nem com as propostas que outros setores empresariais, menos rentáveis que os bancos, estão fazendo a seus trabalhadores. As primeiras assembléias já realizadas mostram a insatisfação dos bancários com a proposta”, diz Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT e coordenador do Comando Nacional.
Nas negociações da semana passada com a Fenaban, os representantes dos bancários reiteraram a necessidade de uma ampliação do aumento real, da valorização dos pisos salariais, da melhoria do vale-alimentação e de aumento e simplificação da PLR. Disseram que a proposta é inferior ao acordo do ano passado e insistiram para que os negociadores dos banqueiros apresentassem uma nova proposta para que pudesse ser submetida às assembléias da categoria. Mas não houve avanço.
“Os bancos já haviam rejeitado quase todas as nossas reivindicações sobre saúde e condições de trabalho, emprego, igualdade de oportunidades e segurança. Eles estão apostando no confronto. Está claro que para fazer os banqueiros avançarem nas negociações só com greve. E é isso que temos de preparar”, acrescenta Vagner Freitas.
Manifestações – Na quinta-feira, dia seguinte às negociações com a Fenaban, os bancários fizeram manifestações e paralisações em todo o país, no Dia Nacional de Luta, para mostrar a insatisfação com a proposta de 7,5% de reajuste.
Em São Paulo, os bancários pararam até ao meio-dia todas as 58 agências da avenida Paulista, o coração financeiro do Brasil.
Contraf/CUT