15 de Agosto de 2008 às 12:52
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São Paulo – O ditado popular “todos os caminhos levam a Roma” poderia ser adaptado pelos banqueiros para “todos os caminhos levam ao dinheiro”. E muito dinheiro. Estudos do Banco Central (BC) e dos próprios banqueiros, divulgados pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mostram exemplos de ganhos com a receita de tarifas e com os empréstimos.
A pesquisa Relatório de Economia Bancária de Crédito do BC aponta que a receita obtida pelos bancos no ano passado bateu nos R$ 28 bilhões, valor, descontada a inflação, 94,4% maior do que o acumulado com o mesmo item no ano 2000. O mesmo estudo diz ainda que o peso das tarifas no total arrecadado pelas instituições subiu 33%, de 10,9% para 14,5%.
Os bancos ganham muito mas não oferecem contrapartida à sociedade. Uma das formas que obriga as empresas a devolver para a população um pouco do que tiram dela é a cobrança de impostos. Mas os bancos não só tentam de todas as formas driblar as taxações, seja na justiça ou até com “planejamento tributário”, como ainda são suspeitos de sonegação investigada por CPI da Câmara Municipal de São Paulo.
Empréstimos - A Fenaban divulgou um aumento nas projeções de expansão de crédito anual para pessoas jurídicas dos 25,4% iniciais para 29%. Para pessoas físicas, a previsão é de ampliação de 27,5%.
As operações de crédito já vem crescendo a passos largos nos últimos anos. Os dois maiores bancos privados do país divulgaram seus balanços do primeiro semestre de 2008 que mostra crescimento neste setor de 38,8% no Bradesco, chegando a R$ 181,6 bilhões; 41,3% no Itaú (R$ 148 bilhões).
André Rossi, do Seeb/SP, com Valor Econômico e O Estado de S. Paulo