10 de Outubro de 2008 às 12:10
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Bancários, agentes penitenciários federais e vigilantes se unem em greve
O segundo dia da greve dos bancários paralisou as atividades em 62 agências (50 agências de Campo Grande e em outras 12 dos municípios que compõem a base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região) nesta quinta-feira, 9. Apesar do movimento encontrar resistências por parte de alguns gestores, que têm feito de tudo para manter os funcionários atuando em seus locais de trabalho, a adesão é grande entre a categoria, já que é consenso entre os bancários que as propostas oferecidas pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na Campanha Salarial 2008 são insuficientes.
Os bancários receberam um reforço “inesperado” durante sua paralisação neste ano: os agentes penitenciários federais e os vigilantes particulares resolveram engrossar o movimento grevista. Há mais de um mês em greve, os servidores do sistema prisional decidiram unir forças para, desta forma, mostrar à sociedade suas reivindicações e os problemas enfrentados. Já os vigilantes possuem muitas pautas em comum com os bancários, em especial no que se refere à segurança nas agências bancárias.
“A segurança bancária é um dos principais motes de nossa campanha salarial em 2008, e uma necessidade ainda mais urgente em Mato Grosso do Sul. Em agosto, a região norte foi assombrada por assaltos audaciosos, que colocaram bancários, vigilantes e clientes em perigo. Em setembro, a criminalidade chegou a Campo Grande, por meio de dois assaltos. E, na última semana, vimos um cofre do Santander de Três Lagoas ser arrombado, e os assaltantes ainda deixaram um bilhete se gabando do crime”, afirmou a presidente em exercício do Sindicato, Iaci Terezinha Azamor Torres.
Segundo a sindicalista, o movimento grevista também tem o amparo da CUT estadual, que participa das atividades. Nesta sexta, foi realizada passeata pelas ruas centrais de Campo Grande, a fim de chamar a atenção da população para os dramas enfrentados por essas categorias. “A segurança nunca fui um problema restrito aos bancários. A sociedade como um todo é vítima da falta de ação e da impotência do Estado em coibir a criminalidade. Essa mobilização é de todos”, salientou.
Sobre as reivindicações dos bancários, Iaci afirmou que não foram anunciadas novidades por parte dos patrões, o que implica na continuidade do movimento. “Temos a população ao nosso lado, o que é um ponto a mais para continuarmos a greve. Não iremos nos curvar para a vontade dos bancos, que lucram milhões sem dividir esses resultados com quem realmente suou para os atingir. Exigimos reajuste justo, PLR digna, o fim do assédio moral e a manutenção e conquista de outros direitos possíveis de serem concedidos”, ressaltou a presidente.
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