16 de Outubro de 2008 às 12:10
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A Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul obrigou o Bradesco cancele a determinação para que bancários entrem mais cedo em seus locais de trabalho, medida que foi tomada pela instituição financeira para impedir que os trabalhadores tivessem contato com os grevistas e, desta forma, fossem convencidos a aderir ao movimento nacional de paralisação. A decisão foi tomada a partir de ação civil pública impetrada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região a partir de seu advogado, Alexandre Morais Cantero.
O Sindicato foi notificado que funcionários do Bradesco foram acionados para ingressar mais cedo em seus locais de trabalho, “de modo a impedir o contato com os empregados em greve e, desta forma, prejudicar a possibilidade de convencimento” dos bancários que não aderiram ao movimento de participar da greve.
A Justiça do Trabalho considerou que a prática do Bradesco é “incompatível com o exercício do direito de greve, pois visa claramente segregar estes empregados para dificultar a atividade sindical legítima”. O despacho ainda destaca que o trabalho é livre para decidir se participará ou não de uma greve, juízo este que lhe deve ser assegurado.
A determinação foi para que o Bradesco se abstenha de mudar o horário de seus funcionários, sob pena de multa diária de R$ 5 mil por agência em que a irregularidade for constatada. “É uma grande vitória dos bancários, que tiveram garantido o direito constitucional de greve. A atitude do Bradesco para frustrar a greve a partir dessa mudança de horário atingiu em cheio a vida dos bancários, que foram obrigados a mudar sua rotina para atenderem aos caprichos do banco”, afirmou Rubylan Lima Oliveira, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato.
Secretaria de Imprensa e Comunicação
