1 de Outubro de 2008 às 11:31

Paralisação de 24 horas nas terceirizadas garante conquista

Acordo com direção da Fidelity inclui VA maior e compromisso de que não haverá represálias contra os trabalhadores

São Paulo - Já deu resultado positivo a mobilização dos funcionários da terceirizada de serviços bancários Fidelity, realizada nesta terça-feira, dia 30, como parte da paralisação de 24 horas aprovada na véspera em assembléia realizada na Quadra dos Bancários em São Paulo/SP. As negociações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região com a direção da empresa resultaram no imediato aumento do vale-alimentação (VA) de R$ 40 para R$ 100, valor que já será depositado na folha de pagamento de outubro. Com isso, a greve de 24 horas foi interrompida e os de cerca de mil funcionários dos sites da Ponte do Limão, São João, Barão de Limeira e Vila Matilde voltaram ao trabalho. A Fidelity é a principal terceirizada de serviços bancários do País e realiza serviços principalmente para o Bradesco e o Santander/Real, entre outros bancos.
 
“Foi parte da negociação a garantia da empresa de que não haverá represálias de nenhum tipo contra os funcionários grevistas, nem mesmo o desconto do dia de hoje”, afirmou a secretária-geral do Sindicato paulistano, Juvandia Moreira, explicando que o acordo que fez os trabalhadores voltarem ao trabalho incluiu a garantia da realização de uma negociação nos próximos dias para tratar de condições de trabalho. “As discussões terão foco no fim do assédio moral e na melhoria das condições ergonômicas”.
 
Reconhecimento – A dirigente sindical deixa claro que considera a conquista mais um passo rumo ao real objetivo do Sindicato, que é a realização de um acordo coletivo da empresa com a entidade que garanta o acesso a todas as conquistas da categoria. “Foi mais uma vitória dos empregados da Fidelity, que uma vez mais mostraram união e força. Mas nosso foco é no reconhecimento de todos como bancários, uma vez que o serviço executado por eles é de natureza bancária. O impacto direto da paralisação de hoje sobre a rotina dos grandes bancos, inviabilizando grande parte das suas operações, deixa claro o quanto o serviço das terceirizadas é essencial para o funcionamento de todo o sistema financeiro”, disse.
 

Danilo Pretti Di Giorgi, do Seeb/SP
 

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