24 de Setembro de 2008 às 11:20

Presidente da Febraban diz que setor financeiro é "supersólido"

Presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, também não vê dificuldades para os bancos brasileiros

São Paulo - A crise financeira global não causou impactos no setor bancário nacional, que é “supersólido”. A afirmação é do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa, para quem o cenário é “muito tranqüilo em relação à liquidez”.
 
O presidente do Bradesco e ex-presidente da Febraban, Márcio Cypriano, também afasta qualquer risco de impacto da crise para as contas do banco que teve suas projeções de crescimento elevadas de 24% para 29%. Sobre as condições locais para enfrentar a turbulência, Cypriano diz apostar em uma superação tranqüila no Brasil, “sem dificuldades”.
 
“Se dois dos maiores banqueiros do País estão afirmando, esperamos que os negociadores da federação dos bancos não usem a crise como desculpa para postergar ainda mais a apresentação de propostas decentes para resolver a campanha salarial dos bancários”, afirma a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
 
Bolsa – De acordo com a economista Ana Carolina Tosetti, da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Sindicato paulistano, a crise que está levando grandes bancos americanos à falência realmente não deve atingir o sistema financeiro brasileiro. “Os bancos, no Brasil, têm seus ativos investidos prioritariamente em títulos nacionais e a rentabilidade, que continua crescendo apesar da crise externa, está fortemente ligada ao crédito e à receita de prestação de serviços”.
 
Sobre a recente queda nos valores das ações dos bancos na Bolsa, a economista avalia que essa é uma questão eminentemente de mercado. “As ações caem porque os investidores optam por vender títulos, por exemplo, os dos bancos, para fazer dinheiro e cobrir o rombo causado pela crise americana, mas isso não chega a abalar o resultado do setor”.
 

Cláudia Motta, do Seeb/SP
 

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