13 de Outubro de 2008 às 11:25
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Uma hora e 56 minutos na fila para o atendimento nos caixas do Banco do Brasil. Esse foi o tempo esperado pela profissional liberal N.G.O (que não quer ser identificada). “Cheguei à agência e esperei um tempo em pé. Depois de mais de 40 minutos, consegui um lugar para me sentar e então aguardei mais de uma hora para ser atendida, por um dos três caixas disponíveis naquela tarde”, relata a cliente do BB.
Essa é apenas uma das milhares de histórias vividas por outros milhares de clientes e usuários dos serviços bancários em Cuiabá. Até hoje, depois de quase três anos de oficializada a Lei da Fila na capital, os clientes e usuários ainda precisam perder horas nas longas filas dos bancos, em especial, do Banco do Brasil, sendo que o tempo máximo de permanência é de 15 minutos.
Para N.G.O, é nítida a irritação dos clientes com os bancários, que trabalham continuamente, no atendimento ao público, enquanto a verdadeira culpa é das direções dos bancos onde esses problemas acontecem.
Questionada sobre o porquê dela não ter feito formalmente a denúncia junto à Secretaria de Meio Ambiente de Cuiabá ou ao Procon, a cliente do BB afirmou que se sente descrente quanto à fiscalização dos dois órgãos, que além de demorarem nas apreciações, raramente decidem por beneficiar os clientes e usuários.
“O respeito à lei da fila é uma das maiores lutas dos bancários e dos sindicatos em todo o país”, afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do Seeb/MT, Eduardo Alencar. Uma das reivindicações da campanha salarial deste ano é por mais contratações. Segundo o diretor do Sindicato, somente no Banco do Brasil, mais de 400 classificados no último concurso aguardam para serem chamados, mas até agora, nada.
Por isso, o Sindicato em nome dos bancários de todo o Estado contam com o apoio da população, a fim juntos fortalecerem a luta por mais contratações, menos filas e respeito aos clientes e funcionários.
Neila Gonçalves, do Seeb/MT