28 de Agosto de 2009 às 18:38

Bancos descartam discutir emprego e negam reivindicações

Negociação: Bancos descartam discutir emprego e negam reivindicações

 

Foto: Renato Silva/ Contraf/Cut

 

O descaso dos bancos para novas contratações, para garantia de emprego e respeito à jornada de 6 horas, foi um difícil início de negociação dos temas da pauta. Para combater os abusos é preciso mobilização!

 

A segunda rodada de negociação da pauta de reivindicações da categoria, realizada nesta quinta-feira, 27, terminou com os negociadores da Fenaban rejeitando todas as propostas sobre o tema emprego: preservar os postos de trabalho, principalmente nas fusões e aquisições; respeitar a jornada de 6 horas, reconhecer a Convenção 158 da OIT, que impede demissões imotivadas; mais contratações para atender a demanda nas agências; fim das terceirizações e ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho nas unidades.

 

Após o Comando Nacional apresentar o resultado da pesquisa Dieese sobre o emprego bancário que aponta uma redução de 2.224 postos de trabalho no sistema financeiro nacional somente no primeiro semestre deste ano, os negociadores da Fenaban praticamente afirmaram que a garantia de emprego e seus desdobramentos não são discutíveis na Convenção Coletiva. E tem mais. Segundo os negociadores, os bancos apostam na revogação da Convenção 158 da OIT.

 

“O fato de a Fenaban negar nossas reivindicações na primeira discussão da pauta, não vai tirar o foco da categoria da luta por mais contratações e do respeito à jornada de 6 horas”, reforça Cido Roveroni, representante da Federação de SP e MS, no Comando Nacional.

 

 

Não só os bancários estão no sufoco, os clientes e a população não ficam de fora quando o assunto é contratar mais bancário. “Essa é a contrapartida mínima que os bancos precisam dar em troca dos crescentes lucros”, critica Roveroni.

 

 

Outra exigência dos bancários nesta negociação foi a transparência nos dados sobre contratações e demissões banco a banco, hoje informados pelas instituições financeiras apenas ao Ministério do Trabalho. “Os bancários e a sociedade precisam ter acesso a estas informações, pois elas estão diretamente ligadas à responsabilidade social tão apregoada pelos bancos nos seus materiais publicitários”, relembra Roveroni.

 

 

Nesta segunda rodada os bancos atenderam a reivindicação do Comando apresentada na primeira rodada e garantiram a data-base de 1º de setembro além de prorrogar a Convenção 2008 até 30 de setembro.

 

O processo de negociação continua no dia 2 de setembro, quando serão discutidas as cláusulas que tratam da remuneração dos bancários. Cido Roveroni reforça: “Como já deixamos claro na entrega da pauta, não queremos um debate apenas economicista em torno do índice, queremos discutir a valorização do bancário e isso passa por um novo modelo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), valorização dos pisos salariais (inclusive de comissionados) e demais itens que compõem a remuneração total dos bancários. Só com pressão das mobilizações os bancários poderão reverter os ‘nãos’ dos banqueiros”.

 

Fonte: Susan Meire/Assessoria de Comunicação Feeb SP MS

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