28 de Setembro de 2009 às 10:36
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Greve dos Bancários continua forte em Campo Grande
Acreditando que a paralisação das atividades é a melhor alternativa para pressionar os banqueiros a retomarem as negociações com uma proposta justa aos trabalhadores, os bancários de todo o país continuam em greve.
Em Campo Grande, a categoria está confiante e demonstra disposição. Na quinta-feira, 24 de setembro, bancários de 48 agências aderiram a greve. Já na sexta, o número aumentou para 52 agências fechadas. O presidente do Sindicato dos Bancários CG/MS, José A. Clementino Pereira revela que em 2009, a paralisação está diferente dos anos anteriores, na capital. “Aqui a greve começou com muita força, sentimos a indignação do bancário pela proposta dos banqueiros de 4,5 % de reajuste salarial contra os 10% reivindicado pelo trabalhador e principalmente pela proposta do modelo de PLR, que é muito inferior ao do ano passado”, diz.
“Mesmo com toda a “onda da crise financeira” os lucros dos banqueiros continuaram no mesmo patamar dos anos anteriores, resultando em bilhões. Mas, na hora de dividir este lucro se apóiam na desculpa da crise, como se estivessem prejudicados por ela. Sabemos que os patrões podem atender as nossas reivindicações, por isso a greve continua firme até a Fenaban voltar a negociar e apresentar propostas mais justas”, enfatiza Clementino.
População
No lançamento da Campanha Salarial, em agosto, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande entregou uma Carta Aberta à população, explicando as reivindicações e alertando para uma possível greve. Clementino Pereira reforça que no início do mês de outubro, a greve poderá afetar ainda mais os usuários dos bancos - já que é um período de pagamentos de salários - por isso, segundo ele é importante que a Fenaban volte a negociar o quanto antes. “Quanto mais a greve demorar, mais problemas haverá para os usuários. Os banqueiros assistem as dificuldades daqueles que dão lucro às suas empresas, cabe aos patrões a responsabilidade de encerrar a greve, para isto basta apresentarem propostas que atendam às reais necessidades da categoria”, revela.
Nacional
Segundo levantamento da Contraf-CUT a partir das informações dos 134 sindicatos de bancários do país, na sexta-feira 4.791 agências estavam paralisadas. O Comando Nacional, que representa os bancários nas negociações, analisou os dois primeiros dias da greve e fez uma avaliação positiva. Hoje, o Comando enviará uma carta às direções dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e BNB) cobrando a retomada das negociações específicas. Clique aqui para ler
Reivindicações
Os bancários sentiram-se injustiçados com a proposta dos banqueiros já que estas diferem e muitos das reais reivindicações da categoria: aumento real de salário, PLR mais justa, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, com adoção de políticas de combate às metas abusivas e ao assédio moral.
Conheça as reivindicações dos bancários e a proposta rebaixada da Fenaban: Clique aqui
Fonte: Adriana Miceli - Seeb CG - MS e Região