8 de Outubro de 2009 às 09:08
Greve faz BB propor PCCS, valorização do piso e combate ao assédio moral
No 14º dia da greve nacional dos bancários, o Banco do Brasil apresentou nova proposta ao Comando Nacional e à Comissão de Empresa dos Funcionários do banco, que estiveram reunidos na noite dessa quarta-feira, 7, em São Paulo, após a negociação com a Fenaban. A proposta traz avanços importantes, como o compromisso do banco de discutir com o movimento sindical uma proposta para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), valorização de 3% no piso e em todos os níveis do atual PCS, e anúncio da contratação de 10 mil novos funcionários.
PCCS - O banco colocará no Acordo Aditivo cláusula garantindo a retomada da negociação para tratar o Plano de Carreira, Cargos e Salários a partir de novembro e com prazo de definição até junho de 2010. Dentre outros temas serão discutidas as questões relativas à promoção por mérito, jornada de seis horas, sétima e oitava hora etc.
Valorização do Piso - o banco reajustará em mais 3% o VP do E 1, corrigindo todo o PCS no mesmo valor, garantindo reajuste de 9% a todos os níveis do PCS.
PLR - Foi reafirmado o modelo de PLR praticado nos anos anteriores, sendo que para o pagamento do primeiro semestre de 2009 o valor será cerca de 6% menor que o do primeiro semestre de 2008 em virtude do montante a ser distribuído ser equivalente, mas ter aumentado em cerca 9.300 funcionários, elevando o número de beneficiários.
Assédio moral - o banco apresentou proposta de cláusula sobre assédio moral, comprometendo-se a implementar o Programa de Gestão da Ética, que tem como objetivo o "combate ao assédio moral e outros eventuais desvios comportamentais". O programa prevê o lançamento de uma Cartilha sobre o tema nos próximos 15 dias. Serão implantados também Comitês Regionais de Ética em todos os estados do País, contando com a participação de funcionário escolhido por eleição direta, acompanhada pelo sindicato local.
Isonomia - os abonos assiduidades poderão ser acumulados e/ou vendidos por todos os funcionários, inclusive os pós 98. Além disso, o banco anunciou que está regularizando a situação dos funcionários pós-98 no que diz respeito ao acesso de recurso do Pavas (Programa de Atendimento a Vítimas de Assaltos e Sequestros), que deixa de ser de ressarcimento e passa a ser de antecipação de recurso.
Contratações - O banco contratará mais 10 mil funcionários, sendo 5 mil em 2010 e os outros 5 mil em 2011. Contratará ainda 5 mil adolescentes aprendizes.
Equidade de gênero - será implementado programa de equidade de gênero para garantir ascensão profissional mais eqüitativa para as mulheres, conforme princípios definidos pela Secretaria Especial da Mulher do governo federal.
SESMT - cumprindo o que determina a NR 4, o banco implantará plataformas de SESMT em todas as unidades da federação, sendo que haverá um setor de controle em Brasília.
Lateralidade - Além da volta das substituições nas agências com até sete funcionários, o banco estenderá o fim da lateralidade aos primeiros gestores, sendo que o substituto deverá ser da mesma unidade.
Férias - O banco incluirá no acordo cláusula que permita aos funcionários com mais de 50 anos antecipar e parcelar férias, antiga reivindicação dos trabalhadores.
Igualdade - O banco ampliará de 5 para 30 dias a licença-adoção para pais solteiros e homoafetivos.
Avaliação
O Comando Nacional decidiu orientar pela defesa e aprovação da proposta, por considerar que ela tem avanços em temas importantes para o funcionalismo, definidos no 20º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, tais como valorização do piso e do PCS, debate com o movimento sindical sobre a implantação de novo PCCS, mudança na política de lateralidade, isonomia, contratação de mais funcionários, importante avanço no combate ao assedio moral com a criação dos comitês de ética e reimplantação do SESMT.
Fonte: Contraf-CUT
Link: https://seebcgms.org.br/campanha-salarial-2009/greve-faz-bb-propor-pccs-valorizacao-do-piso-e-combate-ao-assedio-moral/