28 de Setembro de 2009 às 09:18

Greve nacional dos bancários cresce e paralisa 4.791 agências no dia 25 de setembro

A greve nacional dos bancários cresceu em todo o país no segundo dia de paralisação. Conforme levantamento efetuado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base nas informações enviadas pelos sindicatos até as 19h30 desta sexta-feira, dia 25, o número de  agências fechadas subiu para 4.791, além de departamentos e centros administrativos de todos os bancos, públicos e privados. No primeiro dia os sindicatos haviam informado o fechamento de 2.881 unidades.

“O fortalecimento da greve mostra a indignação dos bancários com a postura dos bancos de não atenderem nossas reivindicações, mesmo sendo o setor da economia brasileira que obteve os maiores lucros no primeiro semestre, alcançando R$ 19,3 bilhões, graças ao empenho dos trabalhadores”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “A indignação cresce à medida que o tempo passa e os bancos não apresentam proposta, principalmente porque querem reduzir a PLR enquanto pagam bônus milionários aos altos executivos. Por isso a tendência é a greve crescer ainda mais na segunda-feira.”

O Comando Nacional enviou ofício à Fenaban na sexta-feira 18 comunicando a rejeição da proposta de reajuste de 4,5% apresentada pelos bancos no dia anterior e cobrando uma nova proposição. Até o momento, os bancos não entraram em contato com os representantes dos trabalhadores para marcar uma nova negociação. Já foram realizadas cinco rodadas com os banqueiros desde a entrega da minuta de reivindicações dos bancários, ocorrida no dia 10 de agosto.

Cordeiro destaca que os bancários não aceitam somente a negociação das reivindicações econômicas, como reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real), a PLR de três salários mais R$ 3.850 para cada trabalhador e a valorização dos pisos. “Queremos ir além das questões de remuneração e abranger outras demandas dos bancários, como garantia de emprego, mais contratações, melhores condições de saúde e trabalho, fim das metas abusivas, segurança contra assaltos, auxílio educação e previdência complementar para todos, dentre outros pontos”, afirma.

Conheça as reivindicações dos bancários e a proposta rebaixada da Fenaban em http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=18755.

 
Contraf Cut

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