6 de Outubro de 2009 às 11:29
Impasse: Insensibilidade dos banqueiros prejudica negociações
Durante todo o ano o bancário dedica-se ao seu trabalho. “Veste a camisa” da empresa, se esforça para obter ótimos resultados. Trabalha com zelo. Não é a toa que os lucros dos banqueiros são extraordiários: bilhões de reais.
Muitos profissionais dedicam - se tanto que acabam prejudicando a sua própria saúde, contraindo por exemplo a LER (Lesões por Esforço Repetitivo), doença que atinge com freqüência os bancários. Sem contar outros inúmeros distúrbios causados pelas cobranças das metas exageradas, assédios morais, medo gerado pela falta de segurança nas agências. Mesmo assim, os banqueiros demonstram insensibilidade. Às vezes parece que pensam que os seus lucros caem do céu, ao invés de serem resultado do esforço dos seus excelentes profissionais. Talvez seja esse o sentimento que gera tamanha injustiça por parte dos patrões durante as negociações salariais: a insensibilidade.
As negociações de 2009 estão a passos lentos devido à intransigência dos empregadores. Durante as nove rodadas de negociações a Fenaban insistiu em continuar com a mesma proposta - já recusada pela categoria.
Os bancários almejam o que é justo, um reajuste salarial digno. Mas, enquanto solicitam 10% de aumento, os banqueiros oferecem apenas 4,5%. Já que ajudam a gerar tanto lucro, nada mais justo que aconteça o aumento na participação dos lucros, por isso a categoria reivindica uma PLR simplificada, equivalente a três salários mais R$ 3.800 fixos. Mas, os banqueiros propuseram 1,5 salário limitado a 4% do lucro líquido mais 1,5% do lucro líquido distribuído linearmente, com limite de R$ 1.500. Os bancários reivindicam a valorização dos pisos salariais, mas os banqueiros propõe apenas 4,5% de aumento para todas as faixas salariais. Sem contar que os bancos se recusam a dar garantias da preservação dos empregos e de combater o assédio moral.
Nesta semana, a negociação foi interrompida, porque a Fenaban foi pedir a “benção” dos banqueiros para então realizar nova proposta. Neste momento é importante que a categoria esteja unida e ativa. Nós, bancários, reconhecemos o nosso valor e a sabemos da nossa dedicação na empresa na qual trabalhamos. Por isso não aceitaremos propostas que rebaixem as nossas reivindicações. Só através da união faremos o banqueiro enxergar a nossa força e principalmente reconhecer que o crescimento de sua empresa está totalmente vinculado ao trabalhador bancário.
Fonte: Diretoria Administrativa do Seeb CG - MS
Link: https://seebcgms.org.br/campanha-salarial-2009/impasse-insensibilidade-dos-banqueiros-prejudica-negociacoes/