23 de Setembro de 2011 às 23:37

Fenaban brinca com bancários: proposta de 8% só reforça greve a partir da terça-feira

A presidente Iaci Azamor, coordena o movimento grevista em Campo Grande

Em mais uma rodada de negociação, a quinta nesta campanha nacional unificada, a Fenaban manteve a política de desvalorização do bancário, demonstrando total desprezo e deboche à capacidade de entendimento do que os bancos querem e o que podem oferecer como recompensa pelo árduo trabalho que fazem diariamente para acumular riquezas aos banqueiros. O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, recebeu dos representantes dos bancos nesta sexta-feira, dia 23, em São Paulo a nova proposta do índice de reajuste pretendido pelos "patrões", que são míseros 8% aplicados em todas as verbas, uma elevação de apenas 0,2% em relação à proposta de 7,8%, rejeitada pelos trabalhadores em assembleias realizadas pelos sindicatos na quinta-feira, dia 22, em todo o país. Dessa forma, os bancários mantêm a decisão de deflagrar greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 27. Novas assembleias estão agendadas para segunda-feira, dia 26, para organizar a paralisação em todo país. Para a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande, Iaci Terezinha Azamor, o índice de 8% significa um aumento real de apenas 0,56%, considerado insignificante perto da reivindicação pretendida pela categoria que é de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação). "Este índice não contempla a valorização do piso da categoria e não aumenta a Participação nos Lucros e Resultados (PLR)", disse Iaci, lembrando que esta é uma proposta muito baixa, especialmente se comparada aos elevados lucros alcançados pelos bancos no primeiro semestre, que chegaram a mais de R$ 27,4 bilhões. Além disso, a nova proposta também não traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. "Queremos mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes, dentre outros pontos", destaca a dirigente sindical. "Desde o início apostamos no processo de negociação, mas, com essa nova proposta, vamos intensificar a mobilização da categoria no Mato Grosso do Sul e realizar uma greve ainda mais forte que a do ano passado, a fim de arrancar dos bancos uma proposta decente", defende a presidente.

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