29 de Setembro de 2011 às 14:40

Greve entra no 3º dia e BB é alvo de repúdio da categoria

Um ambiente fúnebre foi criado na frente do BB

No terceiro dia de paralisação dos bancos de Campo Grande, os bancários fizeram uma grande mobilização em frente ao Banco do Brasil da Avenida Afonso com a Rua 13 de Maio, no centro da cidade, em repúdio à atuação da gerência que vinha constrangendo os trabalhadores para que trabalhassem dobrado durante a greve, usando a arbitrariedade do contingenciamento para forçar os bancários a enfraquecer o movimento grevista, que é legítimo e assegurado em lei.

 

Na manifestação realizada na entrada da agência, o comando organizou um cenário fúnebre com um caixão, enterrando simbolicamente a gerência do BB, faixas e cartazes sob forte barulho de apitaço e buzinaço, contestando a posição da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ainda não se manifestou em promover um encontro para iniciar as negociações.

 

A Polícia Militar compareceu no local,  mas logo entendeu ser legítima a paralisação, orientando o comando da greve para se comporte dentro da lei, não se opondo ao ato de conscientização do trabalhador para que este venha participar da greve que é de interesse de todos.

 

APOIO DE OUTRAS CATEGORIAS

A paralisação dos bancários de Campo Grande e Região por melhores salários e boas condições de trabalho, que tem reflexo direto no movimento sindical, contou com a participação de outras categorias, que estão sendo solidárias neste importante momento da campanha nacional. Dirigentes sindicais da CUT, Transportes Coletivos e Urbanos, Vigilantes, Correios, Trabalhadores Indígenas, entre outras, engrossam as fileiras dos bancários na greve.

 

A paralisação ganhou força ontem em todo o Brasil, com 6.248 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados ontem em 25 estados e no Distrito Federal. Foram 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve.

 

Em Campo Grande, das quase 100 agências bancárias existentes, mais de 70 continuam fechadas. Segundo a presidente do sindicato, Iaci Azamor Torres, “é importante que população se conscientize que o nosso movimento não visa apenas o aumento salarial, mas busca uma forma de promover a segurança e comodidade de todos usuários dos serviços bancários. As portas giratórias não visam apenas a segurança dos funcionários, mas de todos, e a população tem que ser esclarecida sobre isso. Os pontos de atendimento não têm responsabilidade sobre os dados pessoais sigilosos, isso é responsabilidade dos bancos e eles têm que assumir”.

 

Também faz parte das negociações a ampliação no horário de atendimento de cinco para oito horas, com as agências abertas ao atendimento público das 9h às 17h, dessa forma, o correntista seria atendido nas agências e não em postos de serviço, que não oferecem segurança.

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