Campanha Salarial 2011

Greve avança no Mato Grosso do Sul

Os bancários continuam mobilizados e a greve vai continuar até que os bancos voltem a negociar. É isso que dizem os trabalhadores que mantém as agências fechadas em Campo Grande e Região até o momento, décimo dia da paralisação nacional, em mais de 157 locais de trabalho na Capital e interior.

“Temos de reforçar nossa luta e conscientizar os colegas de trabalho a entrar na briga também, a exemplo dos comissionados e assistentes do Banco do Brasil, que aderiram à greve nesta semana. Queremos sim aumento decente e um acordo que traga mais melhorias para os trabalhadores. Acredito que se todos os bancários resolverem parar de vez e se unirem ao Sindicato, já teríamos acabado com esse silêncio da Fenaban”, disse Benício Pereira, diretor de Relações Sindicais da SeebCG.

O dirigente disse ainda que os bancários precisam estar ativos e mais engajados nessa luta em prol de melhorias para os trabalhadores e nas condições dentro dos bancos. “Por isso, devemos participar todos desta greve. Não devemos concordar com a forma como somos tratados no banco”, afirmou chateado com a postura do banco.

 
Assédio – O sindicato repudiou veementemente a atitude da gerência dos Bancos do Brasil em Campo Grande e Sidrolândia e no HSBC de São Gabriel do Oeste, diante das denúncias dos bancários de pressão e assédio moral praticado pelo gestor.

Clientes – O Sindicato está orientando os clientes a reclamarem seus direitos junto aos bancos. “A greve é culpa dos banqueiros que, apesar de lucrarem tanto, recusam-se a negociar e apresentar proposta que atenda às necessidades dos seus funcionários”, afirma a presidente do SeebCG, Iaci Torres Azamor. “Nas agências que estão fechadas pela greve, os autoatendimentos funcionam para que nosso movimento não prejudique os usuários. Mas os clientes também podem exigir que os bancos não cobrem juros nem taxas”, afirma.

A dirigente lembra que a Campanha Nacional dos Bancários quer também mais contratações para melhorar as condições de trabalho e de atendimento à população. “Somente com o que arrecadam cobrando altas tarifas dos clientes pagam quase duas vezes a folha de pagamento de seus funcionários. Ou seja, os bancos podem contratar mais”, completa Iaci.