5 de Julho de 2018 às 07:00
Não à Privatização
Os bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, são essenciais para o desenvolvimento do País e também para o crescimento de muitos setores da economia. Essas instituições são responsáveis por financiar e gerir programas sociais e viabilizar políticas públicas. Defender o papel público das instituições financeiras federais e estaduais, portanto, é defender o Brasil, a soberania nacional, a cidadania e a democracia.
Programas como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), que tem como agentes financeiros a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, têm facilitado o acesso ao ensino superior em universidades privadas. Os beneficiários do programa só começam a pagar o que devem um ano e meio após a formatura.
O número de vagas ofertadas pelo FIES saltou de 76 mil estudantes, em 2010, para 2,2 milhões em 2015. Dentre os acadêmicos, 76% vieram de escolas públicas e 59% são mulheres.
A agricultura familiar é a principal responsável pela comida que chega à mesa dos brasileiros. O setor corresponde a 70% da produção de alimentos no país e é financiado basicamente por bancos públicos, já que os privados quase não ofertam esse tipo de crédito.
Cerca de 70% do volume dos créditos concedidos aos pequenos agricultores vieram do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, que facilitam o acesso ao crédito por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Este tipo de financiamento contribui ainda para a manutenção de 12 milhões de empregos gerados pelo setor.
A instituição que mais contribui para amenizar o problema do déficit habitacional é a Caixa Econômica Federal, com o programa “Minha Casa Minha Vida”. Desde 2009, foram entregues 2,6 milhões de moradias para a população de baixa renda.
“Minha Casa Minha Vida” desde 2009: 1.200 casas entregues por dia; 1,2 milhão de empregos gerados; mais de 3,3 milhões de famílias beneficiadas; e 355 mil unidades contratadas apenas em 2016.
A Caixa é o banco do FGTS. Além de socorrer trabalhadores em momentos de dificuldade, como na demissão sem justa causa, o Fundo de Garantia ajuda no desenvolvimento do país. O FGTS como se conhece hoje só foi possível após a centralização das contas na Caixa, em 1991.
FGTS em números: R$ 487,3 bilhões administrados; Obras financiadas em mais de 4 mil cidades; e a cada 10 minutos 1.000 pagamentos.
Os bancos públicos estão na mira do governo, que vem enfraquecendo a função pública dessas empresas com a intenção de privatizá-las. Na Caixa e no Banco do Brasil, reestruturações e programas de desligamento voluntário intensificaram a falta de bancários nas agências e a sobrecarga de trabalho. Além disso, o fechamento de agências mostra a intenção de diminuir o papel destes bancos, precarizando, também, o serviço ao cliente.
Desde 2015, a Caixa cortou 12.791 postos de trabalho, segundo levantamento do Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Além de promover o desemprego, os bancos públicos tiveram o atendimento à população prejudicado, tanto com a redução de pessoal, quanto com o fechamento de agências. O Banco do Brasil, por exemplo, fechou 777 agências bancárias de 2015 a 2017. A Caixa vem realizando a mesma política, fechando as agências consideradas pelos atuais gestores como não lucrativas. Normalmente em bairros periféricos ou em pequenas cidades, onde havia apenas uma única agência bancária.
No entanto, na contramão das demissões e do fechamento das agências, está a ganância pela lucratividade. Em 2017, o Banco do Brasil obteve lucro de R$ 11,1 bilhões, e a Caixa Econômica Federal, de R$ 12,5 bilhões.
Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS (com informações da Contraf-CUT e SPBancários)
Link: https://seebcgms.org.br/em-defesa-dos-bancos-publicos/defender-os-bancos-publicos-e-defender-o-desenvolvimento-do-brasil/