21 de Janeiro de 2008 às 09:59

Abaixo-assinado pede menor jornada e mais empregos no País

São Paulo/SP – O abaixo-assinado de apoio à redução da jornada de trabalho sem redução de salários será lançado nesta segunda-feira, dia 21, em ato político na sede nacional da CUT, em São Paulo. Os presidentes de todas as centrais sindicais, presentes ao ato, serão os primeiros a assinar, dando início simbólico à campanha.

No mesmo dia será divulgado um manifesto pela mudança da estrutura tributária brasileira, em que prevaleça o princípio da progressividade (quem ganha menos paga menos, quem ganha mais paga mais) e com a adoção de propostas como o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas), entre outras que serão apresentadas.

"Queremos reunir milhões de assinaturas para dizer que a sociedade apóia a redução da jornada para criar mais e melhores empregos. Vamos entregar o resultado ao Congresso Nacional como uma nova forma de pressionar por este avanço, como estamos fazendo desde 2001", afirma o presidente da CUT, Artur Henrique. Em 2001, todas as centrais sindicais fizeram chegar aos parlamentares uma proposta de projeto de emenda constitucional, à época encampado pelo então deputado federal Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Artur lembra que a CUT vem lutando por distribuição de renda e valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, e que a redução da jornada e um modelo tributário progressivo são fortes instrumentos para produzir essas mudanças. "Estudos, como um que o professor Amir Khair apresentou durante uma de nossas reuniões da Executiva Nacional, comprovam que a estrutura de tributação no Brasil é extremamente injusta. Enquanto aqueles que ganham até dois salários mínimos pagam impostos que equivalem a 49% dos seus rendimentos, quem ganha mais de 30 mínimos só paga 26,3% de impostos. É inacreditável. Precisamos mudar isso", lembra Artur.

Para Rosane Silva, secretária de Política Sindical, pasta que coordena a campanha pela redução da jornada, o abaixo-assinado será uma forma de mobilização que se estenderá pelos próximos meses e que tem potencial para transformar o tema em assunto popular. "Depende do nosso engajamento para inserir o abaixo-assinado em todos os espaços possíveis", comenta. Como exemplo, ela antecipa que as mobilizações do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, terão como uma das atividades a coleta de assinaturas pela redução da jornada. A decisão foi tomada pelo Coletivo de Mulheres da CUT, reunido nos dias 16 e 17 deste mês.

O ato político de lançamento da campanha pela mudança da estrutura tributária e do abaixo-assinado pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial serão realizados na sede nacional da CUT, na capital paulista, a partir das 10h30.

CUT

 

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