28 de Novembro de 2018 às 08:22

Abertura de seminários da Fetec-CUT conta a presença de diretores do SEEBCG-MS

Seminário

Na manhã desta terça (28), a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) deu início aos Seminários de Comunicação, Saúde e Oficina Jurídica, realizados em Brasília. As atividades, que contaram com a presença de bancários de todas as bases sindicais, vão até a quinta (29), quando acontece a Assembleia Geral Ordinária da Federação. Representando o Sindicato dos Bancários de Campo Grande – MS e região, estão os diretores Rubens Jorge Alencar, Neide Rodrigues e Leila Cristina de Oliveira.

O presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, abriu as discussões destacando a importância da realização dos debates e saudou a presença de todos os bancários presentes. "São temas essenciais para nossa categoria. E, nesse momento de ataques ao trabalhador, é necessário buscar compreender a melhor forma de transpor momento que se avizinha", disse.

 

Cenário desafiador demandará unidade

Em seguida, a senadora e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, fez uma análise da conjuntura político-econômica e do cenário de precarização previsto para o próximo período. De acordo com Gleisi, após o golpe que tirou do poder a presidenta eleita democraticamente, Dilma Rousseff, teve início uma série de retrocessos, por meio da aprovação de projetos retrógrados. Dentre eles, a Emenda Constitucional (EC 95), que congela os investimentos públicos por 20 anos, a reforma trabalhista, que altera mais de 100 itens da Consolidação da Leis de Trabalho (CLT), e outros.

Por fim, Gleisi ressaltou a importância do trabalho de base e do diálogo direito com a população. "Precisamos falar com o povo, mostrar tudo o que está em jogo. É sobre a vida das pessoas que temos que falar. Precisamos também fazer o discurso da economia, porque é disso que as pessoas entendem. Mostrar o impacto das propostas pelo novo governo. Será uma fase bem desafiadora, mas, tenho certeza que temos força e capacidade", afirmou.

Pauta econômica de Bolsonaro é continuidade de Temer

A deputada federal e presidenta do PT-DF, Erika Kokay, também esteve presente no evento e destacou que o momento exigirá unidade da classe trabalhadora. "Temos o desafio de enfrentar, esclarecer e denunciar a política econômica do governo eleito. Trata-se de um governo pautado pelo desemprego e pela entrega do patrimônio nacional à iniciativa privada. Precisamos disputar as hegemonias e as narrativas. Pauta econômica é continuidade do governo Temer e não ficou clara no processo eleitoral", finalizou.

Ataques aos trabalhadores se intensificarão

Na análise da conjuntura econômica, o economista Max Leno de Almeida, técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) fez uma retrospectiva das mudanças que estão em curso no país com as reformas antipopulares do governo Temer, que devem se acentuar com o governo Bolsonaro e o programa ultraliberal do futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes.

Max Leno mostrou com dados como a economia brasileira e a situação dos trabalhadores estão sofrendo perdas com a PEC do teto de gastos e com a novas legislações trabalhista e de terceirização.

Os efeitos maléficos dessas medidas ainda vão se acentuar com o tempo e se agravarão muito com a política econômica que o governo eleito está anunciando, como reforma da previdência e privatizações de empresas públicas, entre elas Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Para o economista do Dieese, o movimento sindical precisará se reinventar para organizar os trabalhadores e enfrentar o tsunami anunciado.

A programação desta quarta-feira (28)

Oficina Jurídica

9h00 – Análise um Ano de Reforma Trabalhista. Pluralidade Sindical. Palestrante: Dr. Eymard Loguércio.

10h00 – Estatuto. Palestrantes: Fernanda Giorgi e Antônio Megale, do Escritório LBS Advogados.

Visão Geral:

  • Constituição Federal e liberdade de associação – Modelo sindical brasileiro.
  • O Código Civil e a associação civil sem fins lucrativos – Exigências de cartório para o registro de pessoa jurídica.
  • O Ministério do Trabalho e as normas para registro sindical e alteração estatutária.

Visão Específica:

  • Os estatutos das entidades: administração e finanças – situação atual e melhores práticas.
  • Os estatutos das entidades e as eleições – situação atual e melhores práticas.

Estatutos em foco

  • Sugestões de alteração frente à reforma trabalhista. 

12h00 – Debates e encaminhamentos.

28/11(tarde)

14h00 - Contabilidade sindical . Palestrante Valtuir Silvério, consultor contábil da CUT.

Seminário de Comunicação

15h00 – Desafios da Comunicação Sindical na era das fake News. Palestrante: Conceição Oliveira (Maria Frô), blogueira e midiativista.

16h00 – Debates e encaminhamentos.

Fonte: Leandro Gomes, do SEEB/Brasília, com informações de José Luiz Frare

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