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O número de trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no Brasil e no mundo é assustador. Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem anualmente em todo o planeta cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais.

Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial. Cada acidente ou doença representa, em média, a perda de quatro dias de trabalho. Dos trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas de trabalho infantil. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. A OIT indica que cerca de 2 milhões de trabalhadores morrem todo ano em razão de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, o que equivale a 5,5 mil mortes diárias (três a cada minuto).

No Brasil

No nosso país, os números também são impressionantes. Conforme anuário estatístico da Previdência Social e em razão da nova metodologia de concessão de benefícios previdenciários acidentários, houve um aumento significativo nas estatísticas de acidentes de trabalho. Segundo o último levantamento da Previdência Social, no ano de 2009 foram registrados 723 mil casos de acidentes de trabalho, com 2.496 mortes e 13.047 trabalhadores/as que sofreram incapacidade permanente. É um acidente a cada minuto. Nada menos que 2,4 mil trabalhadores morrem por ano em decorrência dos acidentes de trabalho, segundo dados da Previdência. É uma morte a cada quatro horas.

Todos os anos no Brasil são gastos em torno de R$ 40 bilhões em recursos públicos com os acidentes de trabalho. Gastos com a assistência médica, benefícios por incapacidade temporária ou permanente e pensões por morte de trabalhadores e trabalhadoras vítimas das más condições de trabalho.

A categoria bancária é uma das mais castigadas por doenças como as lesões por esforços repetitivos (LER) e de fundo psicológico. Dos 723,5 mil acidentes de trabalho de 2009, 7.717 ocorreram com trabalhadores do setor financeiro.

Fonte: Seeb RJ