7 de Janeiro de 2008 às 11:08
Os alimentos foram o que mais encareceu o custo de vida do campo-grandense no ano de 2008, conforme o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado nesta segunda-feira. De janeiro a dezembro do ano passado os preços dos alimentos saltaram em 8,08%. A inflação, em geral, aumentou 4,1%, dentro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), que foi de 4,5%.
Depois da alimentação, os principais setores inflacionados foram Educação 5,50%, Vestuário 4,86%, Saúde 4,19% e Despesas Pessoais 2,73%. Para o início deste ano a previsão de é alta, também no setor de alimentos.
“O grupo Alimentação vem apresentando uma tendência de alta no contexto mundial e no Brasil, pelo fato da China, Rússia e Índia, inclusive o Brasil, terem entrado no mercado demandando mais alimentação. Janeiro é um mês tradicionalmente com alta inflação, devido principalmente aos aumentos das mensalidades escolares, do IPTU e do IPVA, preços administrados pelo governo”, diz o coordenador do Nepes da Uniderp, que realizou a pesquisa, José Francisco Reis Neto.
Feijão – Como era esperado, o feijão foi um dos produtos que mais exerceu pressão sobre a alta dos alimentos no mês de dezembro. Só no mês passado, o IPC identificou aumento de 26,76% no preço do produto, mas nos últimos meses ele triplicou.
Outro produto que teve significativo aumento foi o óleo de soja, 11,32%. O alface, mais consumido e menos conservado no verão, teve alta de 13,10%. Também houve aumento de 9,10% nos ovos.
Mês de festa, dezembro também registrou alta de 11,8% na manicura e pedicura. O preço do carro novo, cuja procura disparou, saltou em 1,16%. A pesquisa detectou ligeira queda nos preços de combustíveis, que começaram a cair por conta das promoções que ocorrem no período de férias para incentivar o consumo.
As maiores quedas registradas em dezembro foram: laranja pêra (-41,97%), batata (-22,63%), leite pasteurizado (-5,60%) e pão francês (-6,32%).
Fernanda Mathias, do Campo Grande News
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