3 de Julho de 2017 às 09:18

Após pressão, Funcef se pronuncia sobre reestruturação da Vale

Funcef

Depois de reiteradas cobranças da Fenae para que se manifestasse sobre a reestruturação da Vale, investimento com maior impacto no deficit dos planos de benefícios, a Funcef decidiu enfim se pronunciar. Em comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira (30), a Fundação menciona condições favoráveis geradas pelo novo acordo de acionistas, mas não deixa claro em que medida as mudanças serão positivas para os participantes, nem se posiciona sobre denúncias divulgadas na imprensa recentemente. Na próxima semana, a Fenae apresentará nova solicitação de esclarecimento à Fundação.

Sem apresentar qualquer informação nova em relação ao que já foi divulgado pela Fenae e pelos jornais, a Funcef cita como ganhos gerados pela reestruturação da Vale a adoção de normas mais rígidas de governança, inerentes à eventual entrada da Vale no segmento do Novo Mercado da Bolsa de Valores, e a maior liquidez do investimento, que passa a ter melhores condições de negociação no mercado, caso haja alguma intenção de venda das ações no futuro.

Além disso, como a Funcef ainda não publicou o balanço anual de 2016, não é possível prever qual será o impacto real das mudanças no investimento.

⁠⁠⁠No dia 26 de junho, a Fenae protocolou na Funcef ofício cobrando um posicionamento da Fundação sobre a reestruturação da Vale, além da ampla divulgação de informações. No documento, a Fenae reiterou a solicitação de que qualquer mudança significativa em grandes investimentos, com a Vale, seja objeto de consulta aos participantes.

Denúncias sem averiguação

No início da semana, jornais de grande circulação noticiaram que pessoas físicas ligadas à Funcef haviam feito denúncias ao Ministério Público Federal, à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre supostas irregularidades associadas às circunstâncias de negociação do novo acordo de acionistas da Vale.

Impacto no déficit

O maior impacto dos investimentos na Vale ocorre no Reg/Replan. O Saldado tem a maior cota (89,9%) do investimento, por isso, sofre com a maior perda. Em 2015, o Saldado registrou perda contábil de R$ 1 bilhão por conta da mineradora, o que representa 16,4% do déficit a equacionar (R$ 6 bilhões). No Não Saldado, que detém 8,5% das ações da companhia, a perda contábil no mesmo ano foi de R$ 95,2 milhões, o equivalente a 9,52% do déficit a equacionar (R$ 1 bilhão). No Novo Plano não há impacto, porque não há alocação de recursos desse plano em ações da mineradora. No REB, o impacto é proporcionalmente pequeno, afinal, a cota desse plano na companhia é de 1,5%, o que resultou em perda de R$ 17 milhões em 2015

Fonte: Fenae

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