12 de Janeiro de 2010 às 10:14

Após socorro, Obama estuda taxar bancos americanos

Financial Times
Tom Braithwaite, de Washington


A administração Obama, que está sob crescente pressão dos democratas no Congresso para adotar uma atitude punitiva contra os bancos, está preparando um novo tributo que incidirá sobre o setor financeiro. O imposto deverá integrar o orçamento que será apresentado em fevereiro.


Autoridades do governo dizem que os detalhes do tributo continuam pendentes, mas que seu objetivo é dar uma resposta ao crescente sentimento de raiva contra os bancos, num momento em que o setor deve anunciar bilhões de dólares em novas gratificações (a seus executivos) e reduzir o déficit orçamentário.


O Tesouro dos EUA anteriormente já havia despejado água fria sobre as tentativas de introduzir um imposto sobre transações financeiras, uma ideia formulada por Gordon Brown, o premiê do Reino Unido.


Impostos sobre gratificações tampouco são populares na administração, mas autoridades dizem que o governo está procurando dar uma resposta às demandas por ação procedentes de alguns democratas no Congresso, que temem perder seus mandatos nas eleições legislativas de metade de mandato presidencial em novembro.


Apesar de os detalhes ainda não terem sido concluídos, autoridades estão estudando um tributo que imite um encargo já instituído pela Entidade Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, nos EUA).


A semana se transformou numa temporada de crise para o setor de serviços financeiros, com executivos de bancos que deverão testemunhar amanhã, na primeira audiência pública do Comitê de Investigação da Crise Econômica no Congresso.


Por coincidência, os holofotes nas audiências estarão sobre as cabeças de Goldman Sachs, J.P. Morgan Chase, Morgan Stanley e Bank of America assim que eles anunciarem uma nova rodada de bonificações.


O setor logrou nos doze meses passados barrar as ameaças de novos impostos, inclusive uma tentativa de introduzir um imposto de 90% sobre as gratificações, que foi aprovado pela Câmara dos Representantes, mas que prescreveu no Senado.


Fonte: Financial Times

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