16 de Abril de 2024 às 16:13
Assédio moral
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região tem recebido um número crescente de denúncias de assédio moral nas instituições financeiras.
As reclamações, que se intensificaram nas últimas semanas, revelam um ambiente de trabalho hostil e tóxico, onde bancários são submetidos a situações humilhantes, constrangedoras e vexatórias, configurando flagrante descumprimento da cláusula de combate ao assédio moral presente na Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários.
Segundo relatos dos próprios bancários e bancárias, as práticas de assédio moral se manifestam de diversas formas, incluindo:
Cobranças por metas abusivas, que geram pressão psicológica excessiva e colocam em risco a saúde mental dos trabalhadores;
Exposição a situações humilhantes e constrangedoras, como gritos, xingamentos e ofensas públicas;
Isolamento social e profissional, com o intuito de minar a autoestima e a produtividade do trabalhador;
Criação de um ambiente de medo e insegurança, onde o trabalhador se sente acuado e sem liberdade para expressar suas ideias e opiniões.
"O assédio moral no ambiente de trabalho é uma forma de violência psicológica que pode ter consequências graves para a saúde mental e física dos trabalhadores. Sabemos que o assédio ou a pressão por metas adoece dezenas de bancários todos os anos", destaca a presidenta do sindicato, Neide Rodrigues.
Não por acaso, desde 2013, transtornos mentais como depressão e ansiedade ultrapassaram as LER/Dort como principal causa de afastamento do trabalho entre bancários, segundo dados do INSS. Os afastamentos por doenças mentais e comportamentais dos trabalhadores dos bancos representam 24% dos casos no país, embora a categoria corresponda a 1% da força de trabalho. E nos últimos cinco anos, os afastamentos cresceram 26,2%.
O Ranking das Partes no TST revela que, entre os dez maiores litigantes da Justiça do Trabalho, estão: Bradesco (1º lugar), Santander (4º lugar), Banco do Brasil (5º lugar), Itaú (7º lugar) e Caixa (10º lugar).
Diante desse cenário alarmante, o sindicato orienta os trabalhadores a denunciarem qualquer situação de assédio moral, seja por meio do canal disponibilizado no site da entidade ou diretamente no WhatsApp da Presidência (67-99262-7533) ou da Secretaria Geral (67-99272-4954). O sigilo é garantido!
A denúncia é fundamental para que o sindicato possa tomar as devidas providências, seja por meio de medidas administrativas junto aos bancos, através da cláusula de combate ao assédio da CCT, ou, em casos mais graves, através de medidas judiciais.
Para combater a incidência dessa prática no setor, a categoria conquistou, em 2010, uma cláusula de combate ao assédio moral, por meio do qual o trabalhador faz a denúncia, o sindicato envia ao banco, mantendo sigilo da identidade do denunciante, e o banco tem prazo de 45 dias para apurar e apresentar soluções.
Na hora de preencher o formulário de denúncia, é preciso que o trabalhador se identifique, para que o sindicato possa dar o devido retorno, mas somente a entidade sindical conhecerá a identidade do denunciante.
Por: Comunicação do SEEBCG-MS
Link: https://seebcgms.org.br/noticias-gerais/assedio-moral-denuncias-ao-seebcg-ms-disparam-e-revelam-abusos-nos-bancos/