27 de Agosto de 2024 às 22:00
Dia do Bancário
28 de agosto é celebrado o Dia do Bancário, um profissional essencial para a sociedade brasileira. Quem acredita que a tecnologia vai substituir os trabalhadores de bancos, se engana. Quando a tecnologia falha ou há um problema bancário, é o atendimento humanizado de um bancário que resolve.
Imagine sua vida sem um banco. Como você pagaria suas contas, faria um investimento ou simplesmente sacaria dinheiro? A resposta é simples: seria praticamente impossível. O sistema financeiro é parte integrante do nosso dia a dia, e os bancários são os responsáveis por fazer essa engrenagem funcionar.
O bancário presta um serviço essencial para a população e para as empresas, viabilizando o acesso ao crédito e a financiamentos em diferentes setores da economia, além de possibilitar a execução de políticas públicas e contribuir para o crescimento econômico. Sua atuação vai muito além das agências bancárias, impactando diretamente a vida de milhões de pessoas.
“Todo mundo já precisou de um serviço bancário para financiar um imóvel ou veículo, para solicitar um empréstimo ou até mesmo para ter acesso a algum benefício de programa social. Mesmo com o avanço da tecnologia, muita gente ainda depende do atendimento e do auxílio de um bancário, como foi constatado na pandemia do coronavírus. A importância deste trabalho mostra como a categoria bancária é essencial”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Rubens Jorge Alencar.
Os bancários são fundamentais para a classe trabalhadora, e sua organização é uma referência para outras categorias. É uma das categorias mais atuantes e combativas do país. O resultado disso é a garantia de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o País desde 1992.
Os bancários conquistaram direitos e acordos importantes que seguem até hoje como: jornada de seis horas diárias, fim do trabalho aos sábados, auxílio-creche, vales refeição e alimentação, aumentos reais de salários, licença maternidade de seis meses, licença paternidade de 20 dias, Participação nos Lucros e Resultados, a extensão de direitos para casais homoafetivos, avanços na Igualdade de Oportunidades,entre outros. A batalha por melhores condições de trabalho não param por aí, mais segurança nas agências, melhores condições de trabalho e o fim das metas abusivas e assédio moral ainda estão em pauta atualmente.
“Ao contrário do que é pregado pelos bancos, os direitos que estão na nossa convenção são conquistas e não privilégios concedidos pelos banqueiros. São benefícios conquistados através da resistência e luta da categoria ao lado das suas entidades sindicais”, disse Alencar.
A luta da categoria por melhores condições de trabalho e de atendimento aos cliente não cessa, até porque os cinco maiores bancos do país, mesmo com lucro de de R$ 145 bilhões, têm demitido bancários e fechado agências. O setor bancário extinguiu 6.315 postos de trabalho em 2023, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Desde 2019 foram extintas 3.216 agências bancárias. Apenas 55,5% dos 5.565 municípios brasileiros possuem cobertura de agências bancárias. Com isto, há 18 milhões de brasileiros sem atendimento bancário em suas cidades. Os dados são do Banco Central do Brasil e foram compilados pelo Dieese.
Com menos agências e funcionários, há uma demora no atendimento e superlotação, o que prejudica a população, e uma sobrecarga de trabalho para os bancários. E tudo isso, está acarretando no adoecimento da categoria. A categoria bancária representa cerca de 1% do emprego formal no Brasil, mas é responsável por 25% dos afastamentos acidentários pelo INSS por doenças mentais e comportamentais.
“Diante desse quadro, a nossa luta se torna ainda mais urgente, necessária e constante. Não podemos nos conformar com essa situação. É preciso que a nossa voz seja ouvida e que os bancos sejam responsabilizados por suas ações”, completou o presidente do sindicato.
O Dia do Bancário resgata a histórica greve de 1951, que começou no dia 28 de agosto e durou 69 dias, mesmo sob repressão do regime militar da época. A paralisação garantiu reajuste salarial de 31%. A data simboliza a força e a resistência dos trabalhadores e a importância do movimento sindical na conquista dos direitos da categoria bancária, sendo a única do país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional.
Link: https://seebcgms.org.br/noticias-gerais/bancario-profissional-essencial-mesmo-na-era-digital/