18 de Março de 2010 às 09:47

Bancários lançam campanha global por direitos iguais

As diferentes legislações trabalhistas devem ser respeitadas em cada país. Elas são a base para ser constituído um acordo que garanta direitos comuns para 460 mil bancários do Santander e do HSBC no mundo, instituições financeiras globalizadas. Os direitos previstos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) também podem servir como princípio na elaboração de um Acordo Marco Global.


Esses e outros debates foram feitos por representantes de bancários de pelo menos 19 países das Américas, Europa e Ásia, nessa quarta-feira 17, em São Paulo, durante o lançamento da campanha internacional pela assinatura de documento que garanta direitos fundamentais e conquistas como organização sindical sem ingerência patronal e sindicalização sem retaliações, repressão ou discriminação.


O evento prossegue nesta quinta dia 18, quando estão programados atos no Centro Administrativo Santander (Casa 3, Avenida Interlagos, 3.501, Santo Amaro). Performances com malabares e pernas de pau serão utilizadas para chamar atenção dos bancários sobre a importância do tema. Trabalhadores de outras nacionalidades darão depoimentos sobre como vivem em seus países. Também será exposta a tela de grafite, pintada na manhã de quarta 17, representando trabalhadores do mundo firmando acordo mundial. Às 11h30 será realizada uma reunião entre os dirigentes sindicais e os bancários.


Às 14h, o encontro prossegue com palestra do economista Milko Matijascic, assessor-chefe da presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apresentará estudo sobre o sistema financeiro brasileiro, em especial um comparativo sobre a atuação do Santander e do HSBC no Brasil e nos países de origem, inclusive com as diferentes políticas de juros e tarifas praticadas pelas instituições.


“Queremos nestes dois dias traçar as estratégias para os acordos, que esperamos estejam concluídos em novembro, no Congresso Mundial da UNI que acontece no Japão”, disse o presidente da UNI Finanças, Oliver Röethig. A UNI Finanças é um braço da UNI Global, sindicato mundial que representa 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo e que está à frente da campanha.


Para Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), é importante garantir direitos básicos para todos os trabalhadores. “Temos casos graves de violação destes direitos básicos, como um companheiro nosso que foi assassinado na Colômbia e os bancários dos EUA, que não têm sequer direito de formar sindicatos”, disse. “Depois dessa campanha, vamos procurar a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para propor um acordo marco também com os bancos brasileiros que estão se globalizando, como o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco”, concluiu.


O seminário é organizado pela Union Network International (UNI-Sindicato Global), que representa mais de 20 milhões de trabalhadores de 220 entidades sindicais dos setores de serviços em todo o mundo, com apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado de São Paulo (Fetec-CUT SP), do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Associação dos Funcionários do Santander (Afubesp).


Fonte: SP Bancários

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