14 de Março de 2017 às 22:03

Bancários se unem em ato contra a Reforma da Previdência nesta quarta-feira

Dia Nacional de Mobilização

Na noite dessa terça-feira, 14 de março, os bancários participaram da plenária do sindicato para discutir a PEC 287, a chamada Reforma da Previdência, que está tramitando no Congresso Nacional.

Amanhã, 15 de março, é o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra a Reforma da Previdência. Os diretores e os funcionários do SEEB-CG estarão participando, em conjunto com as demais entidades sindicais, de um grande ato, a partir das 8h, na Praça Ari Coelho, em Campo Grande. Por isso, o sindicato e o clube de campo estarão fechados nesta quarta-feira.

“Todas as centrais, federações e sindicatos estão unidos na defesa de uma causa comum: os direitos dos trabalhadores. A luta vai continuar para barrar essa PEC”, disse o secretário de Imprensa do sindicato, José dos Santos Brito, que também representa os bancários no Comitê Estadual contra a Reforma da Previdência Social.

“Os trabalhadores estão passando por um momento crítico. É necessária e urgente a união de todas as classes e a participação de todos nas mobilizações organizadas pelas entidades sindicais”, declarou o presidente do sindicato, Edvaldo Barros.

 

Palestra sobre reforma

Os esclarecimentos sobre a reforma da Previdência para os bancários ficaram por conta da técnica da Dieese, a economista Andreia Ferreira, que pontuou que a reforma é ampla, profunda e prejudicial. “Na verdade, não querem reforma, querem destruir a previdência social”.

Andreia Ferreira esclareceu que a proposta quer estabelecer idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, para trabalhadores da cidade e do campo, dos setores público e privado. “Querem igualar todos os trabalhadores. A proposta não leva em conta as peculiaridades de cada grupo, como a jornada dupla de trabalho das mulheres”.

Ela ainda lembrou que para conseguir receber o valor integral do benefício, o trabalhador deverá contribuir por pelo menos 49 anos para a previdência. Assim, para se aposentar aos 65 anos, com 100% da média, terá que começar a trabalhar aos 16 anos e contribuir durante 49 anos ininterruptos.

Andreia Ferreira também demonstrou as regras de transição com a aprovação da PEC. Terão direito a regra de transição aqueles que tiverem 45 anos ou mais (mulheres) e 50 anos ou mais (homens) quando a reforma for promulgada. Nesse caso, haverá um pedágio entre 50%, ou seja, terão de trabalhar por um período adicional para requerer o benefício pelas normais atuais.

Outros pontos polêmicos da PEC 287: extinguir a aposentadoria por tempo de contribuição; mudar o cálculo e reduzir o valor dos benefícios previdenciários em geral; proibir acúmulo de benefícios, como pensões e aposentadorias; e desvincular benefícios assistenciais e pensões do salário mínimo.

Na palestra, Andreia Ferreira mostrou que considerando a Previdência como parte do sistema de Seguridade Social, não há déficit – um dos mitos mais divulgados pelo governo federal. Só em 2014, sobraram no caixa R$ 66 bilhões, e em 2015, sobraram mais R$ 11 bilhões. Mas esses recursos têm sido empregados para outros fins, como o pagamento da dívida pública. Os argumentos mostram que a reforma da previdência é para atender aos interesses dos banqueiros, grandes empresários, fundos de pensão e favorecer a previdência privada. 

Por: Assessoria de Comunicação do SEEB-CG

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