23 de Dezembro de 2008 às 22:34
Taxas seguem nas alturas, apesar das medidas tomadas pelo governo para criar condições para sua queda
São Paulo – Os juros para pessoa física subiram 3,8 pontos percentuais em novembro e atingiu 58,7% ao ano, informa o Banco Central em levantamento divulgado nesta terça-feira, dia 23. O spread bancário também registrou nova alta no mês passado e chegou a 43,6% ao ano para pessoa física, um acréscimo de 3,8 ponto percentual em relação a outubro.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e os juros cobrados do consumidor, o chamado spread, é excessivo no Brasil. “Várias medidas foram tomadas pelo governo para criar condições para a diminuição dos juros, mas os bancos mantêm as taxas nas alturas. Se as instituições financeiras não reduzirem o spread, o tomador de crédito na ponta não se beneficia”, diz.
Segundo o levantamento do Banco Central, a taxa para pessoa jurídica caiu 0,4 ponto percentual, passando de 31,6% ao ano em outubro para 31,2% em novembro. A taxa média geral ficou em 44,1% ao ano, valor 1,2 ponto percentual maior do que no mês anterior. Para pessoa jurídica, o spread foi de 18,3% ao ano no mês passado, alta de 0,8 ponto percentual. A inadimplência ficou estável em novembro, em 4,2%.
Os juros do cheque especial subiram 4 pontos percentuais em novembro, passando de 170,8% ao ano em outubro para 174,8% no mês seguinte. A taxa do crédito pessoal também aumentou de 57,5% ao ano em outubro para 60,6% ao ano em novembro.
Fábio Jammal Makhou, do Seeb/SP, com agências
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