14 de Fevereiro de 2012 às 19:26

Bancos empurram usuários aos correspondentes

 
Os pequenos e médios usuários, que diferentemente das grandes empresas não dispõem de grandes somas de dinheiro, estão sendo empurrados cada vez mais pelos bancos a correspondentes financeiros que prestam serviços bancários. A presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande – MS e Região, Iaci Terezinha Rodrigues de Azamor Torres, chama a atenção para os problemas que isso pode acarretar às pessoas que se utilizam dos correspondentes financeiros, bancos-postais e lotéricas. De acordo com a sindicalista, funcionários e funcionárias de correspondentes e outras empresas que prestam serviços iguais ou análogos ao sistema bancário não têm ambiente adequado para o desempenho de suas funções, como mecanismo de segurança, além da excessiva jornada de trabalho e de salários insuficientes. É o que Iaci Azamor chama de uma prática que visa a “nivelar por baixo”, a precarizar a situação de pessoas que atuam em empresas e instituições financeiras.
 
Mas as condições desfavoráveis não se resumem apenas aos trabalhadores desse setor financeiro. Segundo Iaci, somam-se a esse contingente laboral as pessoas que precisam encaminhar suas demandas financeiras diárias, como pagamento de contas, recebimento de benefícios de programas sociais e outras demandas que, além da falta de segurança não são protegidas pelo sigilo bancário.
 
Em vez de ser uma consistente política socioeconômica, a inclusão bancária torna-se um problema, pois é usada pelos banqueiros como instrumento de exclusão da grande maioria de pessoas que depende de procedimentos financeiros básicos em seu dia a dia.
 
O Sindicato propõe que os profissionais que trabalham em empresas que prestam serviço financeiro tenham os mesmos direitos que os do sistema bancário. Iaci explica que a reivindicação é de que trabalhadoras e trabalhadores dos correspondentes financeiros e de outras empresas que prestam serviços semelhantes aos praticados pelos bancos tenham o direito de se sindicalizar no mesmo sindicato que os/as bancários/as.
 
Nessas demandas trabalhistas e de usuários/as insere-se a segurança, entendida como sistema do qual o item porta giratória faz parte. Ou seja, conforme Iaci, só as tais portas de segurança não são suficientes para impedir que agências sejam assaltadas, pondo em risco usuários e funcionários.
 
Agências, terminais de autoatendimento e correspondentes bancários do Interior de Mato Grosso do Sul são ainda mais vulneráveis às ações de assaltantes, segundo Iaci, pela possibilidade de a fuga ser mais fácil. Unidades financeiras de municípios como Costa Rica, Camapuã e São Gabriel do Oeste, bases do Sindicato dos Bancários de Campo Grande – MS e Região, tem mecanismos de segurança bem mais ineficientes do que os da Capital sul-mato-grossense.
 
Embora ainda haja muito a ser conquistado no que se refere à segurança, a categoria tem conseguido êxitos nesse setor, como a proibição de que bancários transportem valores. Atualmente essa função é terceirizada, exercida pelas empresas de segurança. 

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