20 de Dezembro de 2019 às 15:15

Bate-papo com vice-presidente da Contraf resgata histórico de luta e desafios para 2020

Atuação Sindical

Nesta sexta-feira (20), os diretores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região (SEEBCG-MS) participaram de um bate-papo com o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção. O encontro aconteceu na sede do sindicato, em Campo Grande.

Vinícius Assumpção relembrou momentos históricos do movimento sindical, como a realização da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, a CONCLAT, em 1981, na Praia Grande, em São Paulo. O evento ocorreu em plena ditadura militar e reuniu mais de cinco mil representantes de entidades sindicais de todo o país. Dois anos depois, foi fundada a Central Única dos Trabalhadores.

“Nós criamos a maior central sindical da América Latina, uma das maiores centrais sindicais do mundo, nós conseguimos criar uma organização sindical dos bancários de Norte a Sul do país, que é invejável e virou exemplo de negociação e de estrutura para o país. Isso não foi feito em um estalar de dedos, foi um processo histórico que precisa ser conhecido para que a gente possa enfrentar a nova conjuntura”, avaliou o vice-presidente da Contraf-CUT.  

A alta rotatividade dos bancários é um dos fatores que prejudica o entendimento da importância desse processo histórico de luta, conforme o representante da Contraf-CUT. Mesmo assim, a categoria bancária é referência para outras classes trabalhadoras e tem conseguido garantir a manutenção dos direitos. “É preciso estar constantemente fazendo esse debate com os bancários da importância da nossa unidade, o que era antes, e o que nós nos tornamos agora, o que nós temos de garantia. Como exemplo agora esse processo que os bancos queriam abrir aos sábados, acabar com nossa jornada de 6 horas, tentando arrancar direitos da nossa convenção coletiva, direitos históricos e nós conseguimos manter por causa da nossa estrutura e organização”.

 

O aumento da jornada de trabalho dos bancários e a abertura das agências bancárias aos sábados estão previstas na Medida Provisória (MP) 905/2019. No mês passado, o Comando Nacional dos Bancários conseguiu suspender os efeitos da MP. No entanto, são ameaças que podem reaparecer nas próximas negociações, de acordo com o dirigente sindical. Outro desafio para 2020 é a reforma sindical.

“Nós vamos ter desafios enormes como o debate de uma nova estrutura sindical, até porque o mundo do trabalho está mudando, então, os sindicatos não podem ficar estáticos, precisam entender a realidade, a mudança no mundo do trabalho para continuar representando o trabalhador. A nossa essência é essa: representar o trabalhador de verdade”, afirmou o vice-presidente Contraf-CUT.

Para a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, esse tipo de encontro é importante para que os dirigentes sindicais compreendam a conjuntura do país e os desafios da categoria. “Nós precisamos estar sempre se atualizando, com todas as informações vindas da Contraf porque é lá que acontece a negociação. Precisamos estreitar ainda mais essa relação com a confederação até para passar informações precisas para nossa base”, afirmou.

Neide Rodrigues ainda lembra que o sindicato tem feito visitas constantes nas agências bancárias para garantir o diálogo e a participação da categoria. “Buscamos sempre essa aproximação e esperamos uma presença cada vez maior dos bancários nos eventos do sindicato, nos debates e nas mobilizações, porque só assim vamos conseguir garantir a manutenção dos nossos direitos”. A Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários vence no segundo semestre de 2020, quando começam as novas negociações para garantir todos os direitos conquistados até hoje pela categoria. 

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS

 

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