14 de Outubro de 2008 às 11:45

Bradesco e Unibanco compram carteiras de banco pequeno

Dez dias depois de o Banco Central iniciar a liberação de parte do compulsório para os bancos comprarem carteiras de outras instituições, o Bradesco e o Unibanco confirmaram, pela primeira vez, que adquiriram créditos de outras instituições.
 
Apenas o Banco do Brasil havia confirmado a compra de carteira de crédito consignado de outro banco. A Caixa Econômica Federal analisa a compra de 10 carteiras de consignado.
 
A Caixa chegou a receber propostas sobre 20 carteiras, incluindo de financiamento de veículos -área em que não tem experiência de atuação.
 
O Bradesco comprou uma carteira de crédito consignado e outra de financiamento de veículos. O banco não revelou o nome da instituição em que os créditos se originaram, mas diz que avalia outros negócios.
 
O Unibanco adquiriu duas carteiras de consignado com co-obrigação das instituições, o que significa que esses bancos serão uma espécie de garantidores em caso de inadimplência. O Unibanco avalia a compra de mais três carteiras.
 
Uma das instituições que mais compra carteira de crédito, a Nossa Caixa, manteve seu programa de compra de R$ 100 milhões mensais de carteiras de crédito consignado do BMG. Diferentemente de outros bancos, a Nossa Caixa não se utiliza do compulsório liberado para comprar as carteiras porque tem uma captação mais barata por meio dos depósitos judiciais e de poupança. A Nossa Caixa quer fechar neste mês mais uma compra de carteira.
 
Segundo o analista Luis Miguel Santacreu, da Austin Ratings, uma das dificuldades na compra de carteiras é a análise do risco. O analista diz que a análise de uma carteira de consignado do INSS -uma das de menor risco- leva até três dias.
 
Renato Oliva, presidente da ABBC (associação dos bancos pequenos) diz que o incentivo para compra de carteiras começou a ter efeito semana passada. Para ele, o governo poderia facilitar as operações de crédito dos bancos pequenos se elevasse o teto dos juros do consignado do INSS, hoje em 2,5%.
 

Toni Sciarretta e Sheila D’Amorim, da Folha de S. Paulo
 

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